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terça-feira, 24 de agosto de 2010

SEM FUGIR DO DIA A DIA, ESPERAMOS A VOLTA DE JESUS.


Terça Feira
21ª SEMANA DO TEMPO OMUM
2Tess.2,1-3a.14-17

Hoje continuamos a apresentação e Meditação do texto bíblico sequencial da segunda Carta aos Tessalonicenses. A Morte e a Ressurreição de Jesus haviam introduzido neste mundo uma realidade inteiramente nova.  A esta realidade damos o nome de Escatologia. 
Iniciaram-se os últimos tempos. Alguns Cristãos da primeira e da segunda geração começaram a viver então numa expectativa ansiosa da segunda vinda de Cristo que, segundo a opinião deles, estaria para acontecer muito em breve. De fato, algumas Palavras de Jesus podiam ser compreendidas nessa direção: “Não terminareis de percorrer as Cidades de Israel antes que venha o Filho do Homem”, ou então: “Há alguns aqui, dentre os vivos, que não verão a morte antes que venha o Reino de Deus”.

Essas pessoas viviam numa efervescência escatológica impressionante.  Começou até mesmo a circular naquele meio de Tessalônica uma pseudo Carta paulina, incentivando os Cristãos a esperarem Jesus com todas as fibras do Coração, incitando-os a uma exasperação dos ânimos.

São Paulo, sabedor dessas coisas, conhecedor dessa agitação toda, tenta acalmar e tranquilizar a Comunidade; afinal de contas, não se vive normalmente assim, não se deixam as realidades materiais que dão sentido aos nossos dias, não se deixam as obrigações para se viver numa expectativa ansiosa da vinda de Jesus Cristo.  Ele escreve no texto de hoje que os tessalonicenses não se deixem perturbar por nenhuma carta como tendo sido enviada por ele com essa finalidade.

Nós, Cristãos, vivemos não mais com aquela ansiedade de então, mas vivemos a expectativa do encontro definitivo com Deus.  Sabemos que tudo neste mundo é passageiro, provisório, penúltimo e faríamos bem em refletir sobre a provisoriedade da vida, porque hoje caímos no erro oposto: não esperar mais nada, não esperar nenhum futuro, imaginar o tempo como uma eternidade sem nenhuma novidade.

No entanto, a expectativa do encontro definitivo com Deus em Cristo não nos pode, de forma alguma, afastar dos compromissos existenciais que temos. Vivemos com um olho na Eternidade, mas com os pés na terra, porque presentemente Deus nos quer aqui, e é aqui que devemos frutificar para Ele.(*)

c / f  Padre Fernando C. Cardoso

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