14 DE
AGOSTO
Ez.18,1-0.13.30-32
Durante o período do exílio, de 587 a 520 a.C., o Profeta Ezequiel introduziu na Teologia do Povo judeu um princípio precioso. Até então se pensava apenas em termos de Solidariedade; se os príncipes, os sacerdotes, os Profetas, os chefes pecam, o Povo todo carrega a mesma culpa e sofre os mesmos castigos. Ezequiel parece eliminar essa visão ou, pelo menos, atenuá-la.
Ez.18,1-0.13.30-32
Durante o período do exílio, de 587 a 520 a.C., o Profeta Ezequiel introduziu na Teologia do Povo judeu um princípio precioso. Até então se pensava apenas em termos de Solidariedade; se os príncipes, os sacerdotes, os Profetas, os chefes pecam, o Povo todo carrega a mesma culpa e sofre os mesmos castigos. Ezequiel parece eliminar essa visão ou, pelo menos, atenuá-la.
“Até então”, diz ele, corria de
boca em boca o seguinte provérbio: “os
pais comeram uvas verdes e os dentes dos filhos se estragaram. Não”, diz o
Profeta em nome de Deus, “não mais quero
que este provérbio seja repetido em Israel. Cada um é responsável por sua
própria vida. Se alguém cometer o mal, este será castigado pelo mal que
cometeu. Pais não pagam pelos pecados de
filhos e filhos não pagam pelos pecados dos pais”.
Este
foi um princípio precioso introduzido por Ezequiel no seio do Judaísmo do
exílio, que conhecemos com o nome de Responsabilidade
individual ou responsabilidade inalienável. Porém, este princípio deve ser
conjugado com a solidariedade dentro da Comunidade.
É
verdade, existe o pecado pessoal e intransmissível, a respeito do qual apenas
aquele que o cometeu deve dar contas a Deus em Seu tribunal. No entanto, existe
também uma participação solidária no mal coletivo e até mesmo nos pecados
cometidos por outros. Ninguém tem o
direito de dizer: o mal que os outros cometem, os pecados que são diariamente
perpetrados dentro da Igreja, até mesmo por sacerdotes e fora da Igreja não me dizem
respeito. Não, dizem respeito, sim, porque disseram respeito a Jesus em
primeiro lugar.
Jesus não
cometeu nada disto e Se entrega por todo criminoso e pecador que ainda hoje
continua a ofender a Deus. Por isso, imitando
Jesus Cristo Crucificado por todos, queremos nós também dar as mãos aos pobres
pecadores e pedir perdão, não apenas por nós, mas por eles também. Queremos
nos penitenciar não apenas pelos nossos pecados, mas pelos pecados deles
também.
Queremos
fazer exatamente o que faz Jesus com cada um de nós e não nos recolher em nosso
intimismo e em nosso egoísmo.(*)
c / f Padre Fernando C. Cardoso
c / f Padre Fernando C. Cardoso
Nenhum comentário:
Postar um comentário