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sábado, 30 de outubro de 2010

PROCUREMOS VIVER A ESPERANÇA CRISTÃ.

30ª SEMANA DO TEMPO COMUM
SÁBADO
Fp.1,18-26


Padre Fernando C.Cardoso.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A NOSSA PRIMEIRA FUNÇÃO É AGRADECER.



30ª SEMANA DO TEMPO COMUM
Sexta Feira
Fp.1,1-11


Hoje se inicia a leitura do texto da carta de São Paulo aos Filipenses.  Filipos, uma Cidade da Macedônia, foi a primeira Cidade europeia evangelizada por São Paulo, disto nos fala São Lucas nos Atos dos Apóstolos. 
Esta Comunidade mereceu uma Carta muito elogiosa da parte do apóstolo.  Ele a inicia louvando e agradecendo a Deus pela existência e pelo progresso cristão daquela pequena comunidade que ele ali constituiu.

Nós normalmente nos esquecemos de que a primeira função nossa é agradecer.  E não agradecer simplesmente olhando para nós, para os benefícios que recebemos ou para a nossa vida pessoal.  Dilatemos os nossos Corações, agradeçamos a Deus de maneira grande em primeiro lugar, por ter infundido em Jesus a caridade e o desejo de morrer e ressuscitar por nós. 

Agradeçamos a Deus o dom do Seu Espírito que nos concede.  É extraordinário crermos que possuímos já atuante em nós o Espírito de Deus.  Agradeçamos a Deus, pela Sua Igreja que, apesar de tantos percalços, tantos sofrimentos, tantas limitações impostas de fora e sofridas de dentro também, progride e se constitui como tal em todo o mundo. 

Agradeçamos a Deus pelo bem que realiza nos Corações do todos os homens de boa vontade, quer pertençam à Igreja Católica, quer não.  Deus tem o poder de agir diretamente nos Corações de todos os seres humanos e Ele, Deus, é bem maior que a própria Igreja Católica.
 
Nós temos motivos sobejos para agradecer a Deus, depois, num segundo momento, agradeçamos a Deus pelos talentos naturais mas, sobretudo porque nos deu a Graça inestimável de descobrir as riquezas escondidas de Cristo.  Sim, aqueles que me seguem diariamente e diariamente colhem de meus lábios um comentário sobre a Palavra de Deus, podem, se se dedicaram a este exercício com afinco e com perseverança, perceber quanto progrediram no Amor, na Vida em Cristo.  Tudo isto é objeto do nosso sincero agradecimento a Deus.

São Paulo devia ter muitos motivos e muitas coisas para pedir e suplicar, mas no início sempre louva e agradece, porque a generosidade de Deus para conosco é bem maior do que nós mesmos imaginamos.

Eis a mensagem para aqueles que se põem a ler e meditar o início da carta de Paulo aos Filipenses. 
(*)
c/f   Padre Fernando C.Cardoso

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A VIDA CRISTÃ É EXIGENTE.



30ª SEMANA DO TEMPO COMUM
Quinta Feira
Ff..6,10-20

Hoje a Igreja celebra a festa dos Santos Apóstolos Judas e Tadeu, mas nós vamos continuar a meditar o texto de Efésios que está chegando ao seu final. O autor faz uma afirmação curiosa: a nossa batalha – diz ele – não é contra criaturas feitas de carne ou de sangue, mas contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra os espíritos do mal que habitam as regiões celestes.
O autor nos diz que a batalha cristã se dá em dois níveis, não apenas contra os opositores humanos do Cristianismo, mas por detrás deles, e quem sabe, instigando-os, os dominadores deste mundo, ou as potências infernais.
                                     
Desta maneira, propõe a Vida cristã como uma espécie de serviço militar.  Sugere que o cristão se revista de todas as armas possíveis, que são tiradas do vocabulário militar: a couraça da Fé, o Cinturão da castidade, o elmo ou a Espada da Palavra de Deus, as sandálias do Missionário e assim, através de um exercício de uso dos instrumentos militares, ele tenta descrever a Vida do cristão.

É claro que boa parte deste texto é alta retórica, mas o que eu gostaria de aqui sublinhar: é que a Vida cristã, na verdade, não deixa de ser árdua, não deixa de ser um serviço militar.  Ela é exigente, ela não desce absolutamente a pacto com o pecado, nós conhecemos as páginas duras e difíceis do Evangelho e ai de nós, não fosse a Graça de Deus.

Deus é exigente ao nosso respeito, a Fé cristã não está em liquidação, nós podemos ser diminuídos, podemos ser um rebanho pequeno, o que nós não podemos ser é Cristãos insignificantes, Cristãos que absorveram de tal maneira o mundo que não se diferem mais em nada do próprio mundo.  Cristãos que não tem nenhuma preocupação em andar na contramão.

Leiamos e releiamos este texto, convençamo-nos de que a Vida cristã é exigente.  Convençamo-nos de que ela é um Serviço militar, olhemos aqueles que fazem, em todas as partes do mundo Serviço militar, de quantos bens eles se abstêm?  De quanta coisa lícita, porque estão servindo à Nação, porque servem o Estado.

Nós não estamos servindo à nação e ao estado principalmente, nós estamos Servindo a Deus.  Eles, ou não tem nenhuma recompensa, ou uma recompensa muito reduzida, de qualquer maneira aquém dos esforços despendidos. 

A nós nos é reservado um peso de Glória na Eternidade, totalmente desproporcional aos nossos esforços.(*)
c/f  Padre F C.Cardoso

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O HOMEM LIVRE É UM ESCRAVO DE JESUS.


Quarta Feira
30ª SEMANA DO TEMPO COMUM
Ef.6,1-9


O autor da carta aos efésios não era um revolucionário inconformado com a sua época; não era missão sua introduzir modificações no tecido social da sociedade patriarcal de seu tempo; ele era um Missionário cristão. Assim ele se dirige aos escravos tranquilamente e, sobretudo aos escravos Cristãos, porque ele não vivia séculos na frente de sua época e naquele tempo havia ainda Escravatura.
É preciso dizer a respeito destes escravos o seguinte: eles foram o maior contingente Cristão do primeiro e segundo século.  O Cristianismo penetrou com uma rapidez incrível na sociedade, mas, sobretudo nas classes mais humildes e na mais humilde de todas: nos escravos e nas escravas.

Plínio, o jovem, quando quis saber o que se passava nas reuniões dos Cristãos, convocou duas escravas Cristãs para que, sob tortura, elas lhe narrassem tudo o que lá acontecia, porque circulavam os boatos mais absurdos a respeito dos Cristãos.

O nosso autor não manda que os escravos se insurjam, pelo contrário, que obedeçam, mas depois trata de humanizar os seus Patrões, sobretudo aqueles que são Cristãos e sugere que eles sejam tratados como irmãos na Fé e faz uma afirmação revolucionaria para o seu tempo: “o homem livre é um escravo de Cristo e o escravo foi libertado em Cristo”. 

A Escravidão, lamentavelmente, se continuará por muitos séculos ainda, mas o Cristianismo introduziu o antídoto que, trabalhando dentro desta realidade, iria provocar muito mais tarde a abolição desta prática abominável aos nossos olhos.  Este antídoto é a Caridade, pois quando a Caridade começa a ser vivida em grau iminente, estas desavenças, como o que, se dissolvem todas elas. 

E foi assim que o Cristianismo aos poucos foi minando a sociedade do seu tempo e contribuindo, em muito, para as nossas sociedades, sobretudo as sociedades ocidentais do assim chamado ocidente, que foi no passado Cristão, embora hoje vistosamente dê as costas ao Cristianismo.

Você certamente não tem escravos, a lei não permite mais este tipo de comportamento, mas você deve ter pessoas humildes, pessoas subordinadas a si, pessoas que dependem do seu humor, que dependem da sua generosidade até mesmo na subsistência. Como é o seu trato com os humildes? 

Você é capaz de perceber a figura de Jesus Cristo por detrás de cada rosto humilde, servidor, empregado ou pobre?(*)
c/f  Padre Fernndo C. Cardoso

terça-feira, 26 de outubro de 2010

CASAL VERDADEIRAMENTE CRISTÃO REPRESENTA A UNIÃO DE CRISTO COM A IGREJA


Terça Feira
30ª SEMANA DO TEMPO COMUM
Ef.5,21-33


É preciso convir que São Paulo, na primeira Carta aos Coríntios, não esboçou a melhor imagem do Matrimônio cristão. Para tanto, devemos esperar o autor da Carta aos Efésios em seu capítulo V.

Algumas expressões são fruto de uma época e de uma cultura, podem perfeitamente ser deixadas de lado, porque não fazem parte do núcleo da Revelação como, por exemplo, a mulher submissa em tudo a seu marido. No entanto, o autor prossegue: “Maridos, amai vossas esposas. Quem ama sua esposa, ama-se a si mesmo, porque os dois formam uma só carne. Jamais alguém desprezou sua própria carne, pelo contrário, ele a nutre, busca sempre o melhor, como faz Cristo com a Igreja - assim os maridos devem amar suas esposas”.

Neste texto de Efésios, a união estável entre Cristão e Cristã no Matrimônio assume dimensões Sacramentais. Passa o marido que ama sua esposa a ser para ela e para a Igreja, o símbolo, o sinal do Cristo ligado à Igreja; a Esposa que ama seu Marido e o serve, passa a ser um sinal visível da Igreja pura, santa e imaculada que não se desapega de Jesus Cristo. Assim os Cônjuges cristãos não só estão unidos em Cristo, mas a própria Vida de união que vai do mais profundamente carnal ao mais profundamente Espiritual passa a ser um sinal Sacramental. Sinal sacramental de um para o outro e Sinal sacramental de ambos para a Igreja. 

Contemplando um casal que se ama, que se apóia, que vive na paciência, na generosidade, que não mede esforços na Educação aprimorada dos filhos, pode-se ter uma idéia pálida e distante de um Cristo unido à Sua Igreja e da Igreja unida a Cristo. Isto é importante porque a união de Cristo com a Igreja só é sacramental se puder ser percebida de maneira visível; essa visibilidade pode ser vista num casal que vive cristãmente seu Matrimônio.

Aqui está a altíssima Vocação matrimonial: cada casal, no dia a dia concreto de sua vida conjugal, representar a união misteriosa e intensa de Cristo para com a Igreja e da Igreja para com Cristo.(*)c/f  Padre Fernando C.Cardoso