Am.5,14-15.2124
Mt.8,28-34
Há espíritos extremamente críticos que pretendem ver nos antigos Profetas de Israel os predecessores distantes no tempo de uma completa abolição do culto litúrgico a Deus. Escrevem, ou dizem, que entre uma liturgia e uma vida moral e ética condizente com os Mandamentos, Deus prefere resolutamente a segunda alternativa.
Mt.8,28-34
Há espíritos extremamente críticos que pretendem ver nos antigos Profetas de Israel os predecessores distantes no tempo de uma completa abolição do culto litúrgico a Deus. Escrevem, ou dizem, que entre uma liturgia e uma vida moral e ética condizente com os Mandamentos, Deus prefere resolutamente a segunda alternativa.
É
uma meia verdade, mas as meias verdades são tão perniciosas quanto maior o
núcleo de veracidade que encerram. É certo afirmar que Deus rejeita um culto
mentiroso, feito apenas de amostras, de superficialidades, um culto que se
reduz a belos cantos e cerimônias muito bem ensaiadas, sem que delas participe
o Coração.
Deus quer o homem todo inteiro
para Si, porém quando se pratica os Mandamentos, se vive na amizade com Deus,
se procura agradar a Deus na vida social e no relacionamento dinâmico com os
irmãos, Deus não rejeita o nosso culto.
É preciso
fazer distinção entre esse Culto e o culto aparente, superficial, que não é a
expressão de um Coração totalmente a Ele consagrado. Nós todos, de diversas
maneiras, procuramos a Deus através da nossa participação na Eucaristia e da
nossa Oração. Participamos de ações litúrgicas e vivemos o ano Litúrgico.
Nada disto é contrário a Deus,
desde que toda esta participação seja íntegra e provenha de um Coração puro e
transparente. Nada disto é reprovável, desde que a vida moral e ética não seja
objeto de censura.
O que
Deus detesta é o divórcio entre a moral - ou a ética pessoal e social - e a Vida
litúrgica. Porém, quando tudo vai bem e
quando estas duas realidades se associam harmonicamente dentro de um Coração,
este culto que oferecemos no Espírito Santo, através de Jesus Cristo, é um
culto agradável aos Seus olhos.
Examine-se
bem antes de iniciar um ato litúrgico qualquer. É por este motivo que a Igreja convida seus filhos a um ato penitencial
comunitário antes de se iniciar a celebração propriamente dita.
Ninguém
pode se colocar diante de Deus, sem se recordar de sua miséria e de sua
indignidade, sem se arrepender do mal com que ofende a Deus. (*)
c / f Padre Fernando C. Cardoso
c / f Padre Fernando C. Cardoso