TEÇA FEIRA
20ª SEMANA DO TEMPO COMUM
Mt.19,23-30
No Evangelho, Jesus hoje nos adverte a respeito do perigo das riquezas. “É mais fácil um camelo entrar pelo orifício de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus”. Na verdade, na época de Jesus era o camelo o maior animal que se conhecia na Palestina e a hipérbole usada por Jesus deve ser levada a sério. Santo Inácio, nos exercícios espirituais, diz-nos que existem três degraus, a partir do quais o demônio tenta conduzir-nos para longe de Deus. O primeiro são exatamente as riquezas; o segundo - consequência da posse do dinheiro - é a vanglória; o terceiro é a soberba daquele que, por ter muitos bens, julga que não necessita de Deus para viver, e vive muito bem.
O
príncipe de Tiro - cidade bíblica da Sidônia que, devido ao acúmulo de
riquezas, chegou ao abandono de Deus - era um exemplo de soberba a não ser
seguido. “Meu trono encontra-se nos
mares, sou um deus e domino a partir do oceano”. O profeta Ezequiel prediz
a queda vertiginosa deste príncipe e desta Cidade opulenta, completamente
esquecida dos valores espirituais e de Deus.
As riquezas não são uma benção de
Deus. Estas
palavras podem parecer muito duras porque, à primeira vista, o dinheiro é
indispensável para se viver com dignidade neste mundo. De resto, os que possuem
muito, os ricos, não precisam necessariamente desesperar-se. São Paulo
adverte-os para que sejam generosos e não coloquem no dinheiro, nos bens
materiais sua felicidade e sua última esperança, porque a Vida de um homem não
está no que ele possui; o dinheiro, por mais forte que seja, por mais presente
que esteja na Vida, não pode ser agregado a nós.
Nus entramos para este mundo, e é
na nudez mais completa que daqui sairemos, apenas com nossas boas obras. Que aqueles que possuem algum
dinheiro saibam que as únicas coisas que valem diante de Deus são o Bem e a Caridade
que tiverem praticado neste mundo.
O resto
aqui ficará.(*)
c /f Padre Fernando C. Cardoso
c /f Padre Fernando C. Cardoso
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