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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

NESTE MUNDO A ÚNICA CERTEZA É QUE VAMOS MORRER.


Quarta Feira
21ª SEMANA DO TEMPO COMUM
 Mt.23,27-32

“Vigiai - diz hoje Jesus no Evangelho de Mateus - pois não sabeis em que dia o vosso Senhor voltará. Considerai isto: “Se o dono da casa soubesse em que hora viria o ladrão, certamente vigiaria e não permitiria que sua casa fosse arrombada”.

Nós não vivemos mais, dois mil anos passados, aquela espera ansiosa pela vinda de Cristo; pelo contrário, não esperamos esta vinda de Cristo.  Não esperamos o final do mundo para a nossa idade, ou para o tempo que nos resta de vida.  Vivemos convencidos de que a História neste planeta ainda se prolongará por diversos séculos, embora certezas a respeito disto, não tenhamos nenhuma.

Estamos no extremo oposto, não imaginamos uma surpresa de Deus reservada para um futuro mais ou menos breve; devido a isto, o Cristianismo perde muito de suas energias, o fervor religioso, a busca sincera do conhecimento de Jesus Cristo, o crescimento nas virtudes teologais, na fé, na esperança e na caridade. Pelo contrário, existe em muitos de nós, boa dose de mundanismo.

Estamos tranquilos, felizes, muitos de nós estão bem, dispostos a continuar assim por muitos e muitos anos. A estas comunidades modernas, sonolentas, que não mais esperam coisa alguma, que estão contentes com aquilo que têm, vale o Evangelho de hoje: vigiai, pois não sabeis o dia nem a hora. 

A cada dia, nesta Cidade de São Paulo, morrem quantas pessoas? Certo, muitas delas já estavam à beira da morte, mas outras tantas  certamente despertaram hoje sem jamais suspeitar que aquela teria sido sua última noite, que este seria seu último dia, que amanhã, a esta hora, já estariam enterradas. Estas coisas não são ditas para roubar o sono de quem quer que seja, e não nos podem levar à neurose.

Devemos viver responsavelmente neste mundo, porém o Evangelho é valido para as pessoas que não querem levar a sério um encontro com Deus, que talvez esteja muito mais próximo do que imaginam. Tudo neste mundo é muito incerto e a única certeza absoluta, esta sim sem sombra de dúvida, é a certeza de que vamos morrer, embora ignoremos totalmente as circunstâncias históricas de nossa morte.

Vigiemos, para que aquele dia não nos apanhe despreocupados, desprevenidos e, sobretudo, vazios diante de Deus. Vigie sobretudo aquele que já deixou muitos anos para trás sem nada a fazer.(*)

c / f  Padre Fernando C. Cardoso

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