SEGUNDA FEIRA
20ª SEMANA DO TEMPO COMUM
Ez,24,15-24
O Profeta Ezequiel, diferentemente de tantos outros em Israel, profetizava não apenas com Palavras, mas com Gestos e Mímicas. O texto que hoje a Liturgia nos apresenta conserva uma ordem que Ezequiel recebe de Deus: “Filho do homem, eis que estou para tirar de diante de teus olhos as delícias de tua vista, mas não chorarás, não te lamentarás, não farás luto algum, geme em silêncio. Falei pela manhã e de tarde minha esposa faleceu”.
20ª SEMANA DO TEMPO COMUM
Ez,24,15-24
O Profeta Ezequiel, diferentemente de tantos outros em Israel, profetizava não apenas com Palavras, mas com Gestos e Mímicas. O texto que hoje a Liturgia nos apresenta conserva uma ordem que Ezequiel recebe de Deus: “Filho do homem, eis que estou para tirar de diante de teus olhos as delícias de tua vista, mas não chorarás, não te lamentarás, não farás luto algum, geme em silêncio. Falei pela manhã e de tarde minha esposa faleceu”.
Ezequiel,
por de trás da morte das delícias de seus olhos, sua esposa, pode contemplar a
tragédia que se estava para abater sobre o Templo de Jerusalém, delícia para os
olhos do Povo judeu. Como a esposa de Ezequiel era as delícias de seus olhos,
aquele Templo que havia em Jerusalém, era as delícias do Povo que lá habitava.
Mas o mesmo Deus que tirava a esposa do Profeta estava para se afastar daquele Templo,
mais ainda, estava para abandoná-lo e entregá-lo para a destruição e as chamas.
Ezequiel
- repito - fala com palavras e com gestos simbólicos e dramáticos; quis ele
dizer aos compatriotas - a primeira leva do exílio Babilônico de 598 a.C. –
que, da mesma maneira como não podia ele, Ezequiel, chorar a morte de sua esposa,
os Judeus não teriam tempo para se lamentarem diante da catástrofe que estava
para acontecer ao Templo de Jerusalém.
Somos visitados por Deus não
apenas nos momentos gozosos da nossa existência, mas também em momentos
dolorosos. Deus
visita-nos até mesmo quando nos castiga, como castigou outrora os judeus. Deus castiga como um Pai que ama o filho e
o castiga porque deseja que cresça numa direção exata e não de maneira
sinuosa e torta. “Naquele dia sabereis
que Eu sou o Senhor”. E, de fato, tendo sido Jerusalém e seu Templo
incendiados, tendo os judeus sofrido a segunda grande deportação e sido levados
para o exílio, puderam lá converter-se de todo Coração a Deus e abrir as portas
para um judaísmo mais puro, mais santo e sobretudo mais sacerdotal.
Gostaria
imensamente que esta homilia sobre a Palavra de Deus levasse cada um à Oração e
ao Recolhimento, refletindo que as vezes em que Deus o visita e o castiga
duramente, o faz para seu próprio bem.(*)
c / f Pdadre Fernando C. Cardoso
c / f Pdadre Fernando C. Cardoso
Nenhum comentário:
Postar um comentário