22º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Lc.14,1.7-14
Neste vigésimo segundo domingo do Tempo Comum, a Palavra de Deus diz-nos que a humanidade jamais pôde compreender a grandeza, a não ser em forma de dominação.
Lc.14,1.7-14
Neste vigésimo segundo domingo do Tempo Comum, a Palavra de Deus diz-nos que a humanidade jamais pôde compreender a grandeza, a não ser em forma de dominação.
Dominar,
ou ser grande para poder dominar, foi e é o apanágio de muitos reis, nobres,
príncipes, chefes de estado, políticos, grandes magnatas, pessoas que valem
milhões e milhões de dólares e cujas imagens nos envenenam; pomo-nos também nós
a querer brilhar, a querer ser mais que os demais, a querer superar a todos.
Já
criança, no meu tempo de escola, aprendia que era preciso ser o primeiro da
classe. Existem aqueles que querem ser os primeiros numa careira
esportiva, os primeiros na política, os primeiros na sociedade. Querem ver seus
rostos em todas as capas de revistas sensacionalistas ou mundanas. Querem
aparecer na televisão e assim fazem uma corrida contra o tempo e contra todos,
porque ninguém quer ficar para traz, tentam avançar à custa de cotoveladas, quer
à direita, quer à esquerda. Comparam-se constantemente com os outros, e
jamais estão satisfeitos.
Segundo
Pascal, Jesus dizia o seguinte: “Compara-te
comigo, não com os demais seres humanos”. Estas pessoas todas deveriam
possuir um momento de calma e, sobretudo, da Graça de Deus, para lerem com
atenção o Evangelho de hoje: “Não tenhas
a petulância de buscar o primeiro lugar. Coloca-te no último lugar, então pode
ser que sejas honrado pelo anfitrião quando este te convidar a vir mais para
frente”.
Deus Se humilha
sempre que olha para nós, porque não tendo alguém mais alto do que Ele, olhar
para Sua Criação é uma espécie de humilhação. Deus Se humilha e Se põe a nosso
serviço. Jesus Cristo foi humilde Servidor de todos, embora sendo o Senhor do
Universo e aquele que mantém com Sua Palavra tudo o que está criado, tudo o que
existe.
O Evangelho de hoje ensina-nos
também uma lição de desinteresse no nosso relacionamento
com o próximo, o que nos faz refletir: na gama
imensa de relações que tecemos está sempre presente de maneira sub-reptícia,
porém real, o egoísmo. Damos com a finalidade ou com a intenção de
receber outro tanto.
Quem de
nós é capaz de gratuidade? Deus é a suprema gratuidade e hoje nos convida
a imitarmos Seu estilo e Seu modo de ser.(*)
c /f Padre Fernando C. Cardoso
c /f Padre Fernando C. Cardoso
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