21ª SEMANA DO TEMPO COMUM
Mt.23,27-32
Ao que tudo indica, naquela Comunidade de
Tessalônica havia Cristãos que tão espasmodicamente esperavam a segunda vinda
de Jesus Cristo para muito em breve, que não trabalhavam mais, viviam na
ociosidade ou então fazendo cálculos apocalípticos.
“Afinal se Jesus voltar tão
depressa, para que continuar a Vida de cada dia? Para que continuar o
trabalho?” São Paulo
censura este modo de proceder que, de resto, não é mais o nosso. Afirma
ele que, embora tivesse direito ao sustento material por ser Apóstolo de Jesus,
não fez uso de seus privilégios, pelo contrário, trabalhou e labutou com as
próprias mãos, afim de não ser pesado a ninguém - nos Atos, São Lucas nos diz
que São Paulo fabricava tendas.
A seguir,
dá um conselho a todos, sobretudo a estes que viviam de maneira agitada: “Quem não quiser trabalhar também não
coma”. É preciso Trabalhar, sim, e é preciso Viver com dignidade e
responsabilidade neste mundo.
Estes
fiéis de Tessalônica, na verdade, estavam tirando conclusões falsas a partir de
um princípio verdadeiro; o princípio verdadeiro era este: o Senhor Jesus voltará. Teremos todos um encontro definitivo com Ele,
e isto é válido para nós também. Porém, as conclusões falsas eram,
por exemplo, a abstenção do trabalho, a Vida na ociosidade e a curiosidade nos
cálculos apocalípticos que estavam fazendo.
“Quem não quiser trabalhar também
não coma”. Esta
advertência serve para todos os tempos e serve para nós. Serve até mesmo
para aquelas pessoas que não precisam mais trabalhar, ou porque estão
aposentadas e recebem uma boa aposentadoria ou então porque possuem muitos
bens.
Estas
pessoas não estão de forma alguma dispensadas de traduzir a Vida em serviço
para os outros. Se não precisam mais trabalhar para sobreviver, podem
dedicar-se aos demais; existem muitas maneira hoje, como no passado, de
transformar a Vida num serviço útil em prol dos outros, das necessidades da
nossa Igreja, dos pobres, das áreas carentes, enfim muitas maneiras de servir a
Cristo nos irmãos.
Ninguém,
nem mesmo o aposentado, está dispensado de Servir e de Servir Jesus Cristo em cada
irmão. Caso contrário ele teria traído sua Vida cristã, esta teria
abortado, não teria chegado à maturidade esperada.
Como vive
você sua vida? É ela concretamente um serviço contínuo a Deus, à Igreja,
à Sociedade? E você o faz de maneira desinteressada?
São
perguntas que se destinam à nossa reflexão e Meditação diante da Palavra
explicada.(*)
c / f Padre Fernando C. Cardoso
c / f Padre Fernando C. Cardoso
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