NOSSA SENHORA DAS DORES.

15 De SETEMBRO
Jo.19,25-27

Após a celebração da Santa Cruz, nós celebramos aquela que esteve mais que todos aos pés da Cruz, a Virgem Maria.

 Esta devoção da Nossa Senhora das Dores é uma devoção medieval, no entanto, Nossa Senhora das Dores está bem presente na tradição católica brasileira. A Virgem Santíssima, mais do que ninguém, participou de todos os Mistérios da Vida de Cristo.

O Evangelista São Lucas mostra-a presente desde o nascer de Jesus, e durante toda a Sua infância, adolescência e a vida oculta em Nazaré.

Esteve presente na Cvida pública, e São Lucas faz menção dela em seu Capitulo VII: “Tua mãe e teus irmãos estão ai, querem falar-te”; “minha mãe e meus irmãos observam a palavra de Deus e a põe em prática”.

O Evangelista nos diz finalmente que Maria esteve entre aquelas 120 pessoas que esperavam após a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, o Dom do Espírito Santo, esteve presente nos inícios de Jesus e esteve presente no início da Igreja de Jesus. Esteve presente nos mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos de seu filho.

Verdadeiramente Nossa Senhora soube o que significa compadecer-se, porque compadecer-se, significa “padecer com”. Deus permitiu que a Virgem Maria estivesse não apenas presente, mas comungasse mais que ninguém da Paixão dolorosa de Jesus.

Deus não poupou Nossa Senhora daquelas trevas, ou daquela noite escura. Nossa Senhora soube abandonar-se a Deus sem compreender o significado de tudo aquilo, e muito menos, saber como tudo aquilo haveria de terminar.

Todos nós sofremos na nossa existência, uns mais, outros menos, mas o sofrimento é o lote comum da humanidade juntamente com a ignorância.

Finquemos nossas cruzes grandes ou pequenas, pesadas ou leves ao lado da cruz de Jesus em comunhão com a Virgem Maria, e os nossos sofrimentos serão a matéria prima de nossa própria glorificação.

Lembre-se desta palavra: “por detrás de um Sofrimento está sempre uma Graça preciosa, e por detrás dos maiores Sofrimentos, ainda que agora não sejam vistas, estão escondidas as Graças mais preciosas que infalivelmente Deus nos mostrará a Seu tempo”.

Não percamos a confiança Nele.(*)

c / f Padre Fernando C.Cardoso