22ª SEMANA DO TEMPO COMUM
1Cor.4,1-5
Depois de ter censurado a imaturidade da Comunidade
de Corinto, São Paulo fala das características e exigências dos Ministros de
Deus: “Irmãos que cada um nos considere
ministros de Cristo e dispensadores dos mistérios de Deus”.
O que se requer dos administradores?
Que cada um deles seja fiel. Qual seria o retrato inspirado neste texto Paulino
de um autêntico administrador dos mistérios de Deus na nossa igreja hoje?
Em primeiro lugar - a primeira característica:
seja um homem de Oração. Não apenas convide a sua Comunidade a rezar, mas possa a sua Comunidade contemplá-lo horas a
fio rezando.
Segunda característica: seja um Pregador que antes de
anunciar a Palavra a outros anuncia a si próprio e deixe que esta Palavra de
Deus na meditação pessoal, prolongada e diária, realize a Revolução interna
necessária, somente depois se ponha a anunciar aos demais. Um escândalo verdadeiro é anunciar aos outros, aquilo que nunca se
dignou sequer experimentar.
Terceira característica de um bom administrador dos
mistérios de Deus: seja um bom liturgo, isto é, alguém que ame a Liturgia e a celebre com gravidade e com dignidade,
juntamente com fervor.
Quarta característica de um administrador adequado dos
mistérios de Deus: seja capaz de levar a Boa Nova a todos indiscriminadamente.
Jovens e velhos, moços e anciãos, ricos e pobres.
Quinta característica de um bom administrador dos
mistérios de Deus: seja totalmente desinteressado. “Como São Paulo, jamais cobicei o ouro e a prata de quem quer que seja,
e continua, estas mãos, as mãos
apostólicas de São Paulo, eram calejadas,
estas mãos puderam prover as necessidades não apenas minhas, mas as daqueles
que trabalhavam comigo. Não quis ser pesado a ninguém e tudo vos dei o exemplo
de que é trabalhando que se deve comer dignamente o próprio pão”.
Eis
algumas características que a Escritura, a tradição e a Igreja atual pedem dos
administradores dos mistérios de Deus. O povo de Deus tem o direito, repito, e o
dever de possuir administradores assim.
Mas neste
caso pedimos também a colaboração de todos, indiscriminadamente para que nos
ajudem a nós Padres a servi-los melhor, a servi-los como o Bom Pastor, Jesus, e
nos Seu prolongamento.(*)
c / f Padre Fernando C. Cardoso
c / f Padre Fernando C. Cardoso
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