Sábado
25ª SEMANA DO TEMPO COMUM
Ecl.11,9-12,8
Coélet se dedica no final de sua obra a uma análise impiedosa da velhice de todo ser humano. Ele o compara a uma Casa e mostra que a Casa velha tem paredes rachadas, sua cor deixa de possuir a luminosidade primitiva, paredes aparecem descascadas, janelas estão desconjuntadas, batentes das portas estão estragados.
Tudo
isto é impressionante e nós, em primeiro lugar, nos curvamos diante do talento
de Coélet, capaz de uma descrição tão viva da Velhice humana. Na verdade,
talvez conheçamos melhor o assunto do que ele no seu tempo, porquanto nos
nossos dias se vive muito mais que no passado.
A
medicina encompridou nossas vidas, porém não sabemos muitas vezes o que fazer
com uma Vida tão longa. No entanto, a Velhice mais cedo ou mais tarde chega,
nossas forças físicas se vão, vai-se o ardor da juventude, passou a primavera,
deixamos para traz destreza, sagacidade e outras capacidades físicas. Vamos de atividade em passividade, aos
poucos tornamo-nos pequenos e regressamos passivamente ao quarto, limitamo-nos
a ele, tal como quando viemos a este mundo.
O texto é
profundo e, antes que isto chegue para nós, o que se pode esperar? É preciso
saber que a Vida é uma só, preciosa, não a repetiremos jamais e que ela possui
um peso de Eternidade; dito com outras palavras, nossa eternidade se estabelece aqui da maneira como vivemos.
Não temos
pela frente um tempo indefinido e não sabemos como será nossa Velhice; sequer
sabemos se teremos lucidez até o final dos nossos dias. Aproveitemos o momento presente, não deixemos passar a hora da graça,
estejamos atentos ao chamamento de Deus através de Cristo, porque antes que
essas coisas comecem a acontecer conosco, quem sabe Ele deseja colocar-nos num
patamar superior, com nossa liberdade, responsabilidade e cooperação.
Tudo,
afinal, coopera para o bem daqueles que amam a Deus.(*)
c/f Padre Fernando C.Cardoso
c/f Padre Fernando C.Cardoso
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