23º DOMINGO DO
TEMPO COMUM
Lc.14,25-33
TEMPO COMUM
Lc.14,25-33
Neste vigésimo terceiro domingo do Tempo Comum, Jesus,
em São Lucas, faz-nos uma afirmação insólita e, para muitos, inexplicável: “Se alguém quiser vir após Mim, mas não
puser em segundo plano seu Pai, sua Mãe, sua esposa, seus filhos, seus campos
não é digno de Mim”.
Pode
alguém pronunciar-se desta maneira? Não seria uma loucura esta afirmação? Quem afirma isso ou é totalmente louco, ou
então é Deus. Preferimos a segunda afirmativa.
Jesus pode exigir tanta renúncia
porque Ele é Deus, e porque nós todos fomos criados por Ele, para Ele, e em
vista Dele - como
diz bem o autor da Carta aos Colossenses: por ser Ele o primeiro em tudo e por
ter Deus resolvido em Cristo reunir as coisas do Céu e as coisas da Terra, isto
é, todos nós.
A
humanidade em todas as épocas tem seus ídolos. Poderíamos citar dois da
atualidade: o que não fazem certas fãs diante de Elvis Presley, que já morreu
há mais de vinte anos? Sua cidade é anualmente visitada por milhões e milhões
de turistas. O que não fizeram muitas fãs com Michael Jackson, antes que a
morte o levasse? Eram capazes de realizar as coisas mais insensatas e
impensáveis com o intuito de chegar perto dele, de tocá-lo ou, quem sabe,
conseguir um autógrafo.
Jesus é muito mais do que todos e, de resto, os ídolos, tanto do
presente quanto do passado, têm pés de barro. Todas as pessoas, sem nenhuma exceção, nos desiludem e ficam aquém de
nossas expectativas, na medida em que passa o tempo.
Pena que
as pessoas apaixonadas não percebam isso a tempo; mais tarde terão de conviver
com os limites do outro, porque ninguém é Deus, ninguém se casa com Deus e
ninguém pode preencher, como Deus, o Coração
do ser humano, que foi feito para o infinito e não para o finito, o limitado, e
nem mesmo para um ser humano deste mundo.
Quem faz
esta pretensão no Evangelho de hoje é Aquele, repito, em vista de Quem nós
todos fomos criados, depois de termos sido pensados eternamente pelo Pai. Ele (Jesus) tem o Direito, pois só Nele
encontraremos nosso repouso.
Diz bem
Santo Agostinho: “Fizestes nosso Coração
para Vós e ele não encontrará repouso algum enquanto não descansar em Vós”.(*)
c / f Padre Fernando C.Cardoso
c / f Padre Fernando C.Cardoso
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