QUINTA FEIRA
17ª SEMANA DO TEMPO COMUM
17ª SEMANA DO TEMPO COMUM
Mt.13,47-53
É
gratificante ler a conclusão que o Evangelista São Mateus coloca no final do
terceiro discurso de Jesus, o discurso em parábolas: “Todo escriba, isto é, todo Mestre da Lei, experiente no Reino dos
Céus, é semelhante a um Pai de família que retira do seu tesouro coisas novas e
coisas velhas”.
Diversos
exegetas vêem neste versículo conclusivo a assinatura modesta do Evangelista
que realizou a redação última deste Evangelho: São Mateus, na tradição da
Igreja. Ele seria um judeu cristão de segunda geração que, antes de se
converter ao Cristianismo, era um Doutor da lei; após a conversão,
transformou-se em Discípulo de Jesus e agora pode unir as duas grandes etapas
de sua existência: a etapa anterior, quando possuía apenas o Antigo Testamento,
as coisas velhas; e a etapa seguinte quando, tornado Discípulo de Jesus,
conhece o Evangelho e os outros escritos do Novo Testamento.
Este
Evangelista procurou realizar na Comunidade de Antioquia um equilíbrio entre a
Lei mosaica e o Evangelho de Jesus, entre o Antigo e o Novo Testamento.
Ainda
hoje lemos com atenção o Antigo Testamento. A Igreja nunca o rejeitou, como
pretendeu na antiguidade Marcião; a Igreja sempre uniu o Antigo ao Novo, pois o
próprio Jesus não seria compreensível aos Cristãos não fosse o Antigo
Testamento. Jesus não seria claro em seu Mistério Pascal, não fosse Ele
admiravelmente anunciado de antemão na Lei e nos Profetas, com a capacidade que
Deus lhes dá mas, sobretudo, com a Graça do Espírito Santo suplicada cada dia.
Debruce-se
sobre algum livro do Antigo Testamento. Tome, por exemplo, a primeira leitura
da liturgia semanal. Estes livros que formam o Antigo Testamento são ricos em
instrução e, de maneira velada, todos apontam para Jesus.
É Ele a
chave hermenêutica que possibilita a compreensão do Antigo Testamento, o qual
leva-nos a compreender melhor quem é Jesus.(*)
c/ f Padre Fernando C. Cardoso
c/ f Padre Fernando C. Cardoso
Nenhum comentário:
Postar um comentário