SEGUNDA FEIRA
15ª SEMANA DO TEMPO COMUM
Is.1,10-17
Isaias, um Profeta cuja leitura iniciamos hoje - na verdade poucos capítulos - não abre seu livro de maneira simpática. “Príncipes de Sodoma, que Me importam vossos sacrifícios? Estou cansado dos holocaustos que Me apresentais, não suporto mais o sangue de carneiros e a gordura de bodes, detesto vossas solenidades.” E por que? O próprio profeta se encarrega de responder: “Lavai-vos, purificai-vos, arrancai o mal dos vossos corações, aprendei a detestar o que é ímpio, aprendei a desejar o que Eu desejo. A seguir, vinde e, então, podereis trazer vossos sacrifícios à Minha presença.”
Mais uma
vez os profetas do Antigo Testamento não são contrários ao culto, não são
contrários à Liturgia ou às manifestações exteriores da Fé. No
entanto, o que eles sempre estigmatizam - e são essas as páginas que a Mãe
Igreja escolhe para nossa instrução - é a hipocrisia ou, melhor ainda, aquele
divórcio que se vai operando pouco a pouco entre os Mandamentos e nossa Vida
cultual, nossa Liturgia exterior, nossa Vida ética e nosso comportamento na
sociedade, na Comunidade e na Igreja.
Deus
deseja que quando nos reunimos para a Missa dominical tenhamos mãos puras e
inocente o Coração. Então, sim, Ele poderá agradar-Se enormemente das
nossas Celebrações. Mas, imaginar que apenas um belo canto, um coral afinado,
um leitor capacitado, uma Igreja cheia de fieis sejam suficientes para agradar
a Deus é perigoso e nos desvia da Sua Luz.
Deus
deseja tudo isto com uma condição: que
esta manifestação toda provenha de Corações que realmente querem
servi-Lo. A propósito, nas nossas Comunidades e, sobretudo, nas
nossas Eucaristias, existem muitas pessoas que se aproximam para receber a Sagrada
Comunhão; estão elas realmente convencidas daquilo que a Eucaristia
significa? Sabem o que estão fazendo? Estão realmente preparadas
para ir ao encontro do Senhor? E não para comer e beber a própria
condenação, como fala São Paulo?
Este
texto de Isaias merece hoje nossa reflexão.(*)
c / f Padre Fernando C. Cardoso
c / f Padre Fernando C. Cardoso
Nenhum comentário:
Postar um comentário