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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O HOMEM LIVRE É UM ESCRAVO DE JESUS.


Quarta Feira
30ª SEMANA DO TEMPO COMUM
Ef.6,1-9


O autor da carta aos efésios não era um revolucionário inconformado com a sua época; não era missão sua introduzir modificações no tecido social da sociedade patriarcal de seu tempo; ele era um Missionário cristão. Assim ele se dirige aos escravos tranquilamente e, sobretudo aos escravos Cristãos, porque ele não vivia séculos na frente de sua época e naquele tempo havia ainda Escravatura.
É preciso dizer a respeito destes escravos o seguinte: eles foram o maior contingente Cristão do primeiro e segundo século.  O Cristianismo penetrou com uma rapidez incrível na sociedade, mas, sobretudo nas classes mais humildes e na mais humilde de todas: nos escravos e nas escravas.

Plínio, o jovem, quando quis saber o que se passava nas reuniões dos Cristãos, convocou duas escravas Cristãs para que, sob tortura, elas lhe narrassem tudo o que lá acontecia, porque circulavam os boatos mais absurdos a respeito dos Cristãos.

O nosso autor não manda que os escravos se insurjam, pelo contrário, que obedeçam, mas depois trata de humanizar os seus Patrões, sobretudo aqueles que são Cristãos e sugere que eles sejam tratados como irmãos na Fé e faz uma afirmação revolucionaria para o seu tempo: “o homem livre é um escravo de Cristo e o escravo foi libertado em Cristo”. 

A Escravidão, lamentavelmente, se continuará por muitos séculos ainda, mas o Cristianismo introduziu o antídoto que, trabalhando dentro desta realidade, iria provocar muito mais tarde a abolição desta prática abominável aos nossos olhos.  Este antídoto é a Caridade, pois quando a Caridade começa a ser vivida em grau iminente, estas desavenças, como o que, se dissolvem todas elas. 

E foi assim que o Cristianismo aos poucos foi minando a sociedade do seu tempo e contribuindo, em muito, para as nossas sociedades, sobretudo as sociedades ocidentais do assim chamado ocidente, que foi no passado Cristão, embora hoje vistosamente dê as costas ao Cristianismo.

Você certamente não tem escravos, a lei não permite mais este tipo de comportamento, mas você deve ter pessoas humildes, pessoas subordinadas a si, pessoas que dependem do seu humor, que dependem da sua generosidade até mesmo na subsistência. Como é o seu trato com os humildes? 

Você é capaz de perceber a figura de Jesus Cristo por detrás de cada rosto humilde, servidor, empregado ou pobre?(*)
c/f  Padre Fernndo C. Cardoso

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