OBRIGADO PELA VISITA

O TEMPO CONTEM A TERNIDADE

CADA DIA NOVA VIDA

Calendario

O Tempo nos conduz a Deus

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

“NÃO MORRO, EU ENTRO NA VIDA”.


1º DE OUTUBRO
SANTA TEREZINHA
Sexta Feira
26ª SEMANA DO TEMPI CUMUM
Jó38,1.12-21;40,3-5

Ao longo de suas discussões acaloradas, Jó havia dito aos três amigos iniciais que desejava encontrar-se pessoalmente com Deus, porque não tinha nenhum escrúpulo em se apresentar diante do Altíssimo. Estava tão seguro da própria inocência que nada o impediria de pleitear sua causa com Deus, sob uma condição: que Ele fosse justo.  
No final do livro Deus aceita o desafio de Jó e o chama para um diálogo montado com grande habilidade pelo autor do livro, através do qual Deus vai, pouco a pouco, pacientemente, mas com firmeza, reduzindo Jó ao silêncio. Jó ignora uma série de mistérios que são imanentes e evidentes neste mundo aqui.

Podemos dizer que, embora as ciências tenham progredido muito de lá para cá, são mais numerosas as coisas deste universo que nós ignoramos do que as coisas que conhecemos. Se ignoramos realidades que são do nosso mundo, que dizer com relação à mente de Deus? Que pode o homem diante da majestade infinita de Deus? O limitado deve curvar-se e abandonar-se nas mãos do Ilimitado.

Gostaria de relacionar este momento de leitura e meditação do Livro de Jó com aquela Virgem carmelita de Lisier, Santa Teresa do Menino Jesus. Ela também se viu, no final da sua existência, diante de um mistério insondável. Santa Teresa - que muitos imaginam ser apenas uma Santa que lança rosas sobre tudo e sobre todos - viveu as mais terríveis tentações, que não são as tentações sensuais, sexuais, não são sequer o orgulho e a vanglória humana. As piores são tentações contra a fé.

Santa Teresa do Menino Jesus foi de tal modo assaltada por elas, que fazia um esforço ingente para crer que existia uma plenitude de vida após a Morte. Foi este um verdadeiro Martírio que acompanhou a Santa nos últimos meses de sua vida. Finalmente venceu a Graça de Deus nela.

Umas de suas últimas palavras foram “não morro, eu entro na Vida”. Assim, com o exemplo e o testemunho desta Santa vamos chegando ao final do Livro de Jó e, ao mesmo tempo, tocando com os dedos os nossos limites perante a grandeza incomensurável Daquele que é.

Nada mais nos resta senão lançarmo-nos

confiantemente em Suas mãos, das quais

tudo recebemos.(*)

c / f  Padre Fernando C. Cardoso

Nenhum comentário:

Postar um comentário