28º DOMINGO DO TEMPO CUMUM
Lc. 17,11-19
Hoje o Evangelista nos fala da ingratidão . Existe um provérbio oriental que diz o seguinte: salva um homem e ele te transformará em sua primeira vítima. Outro provérbio também oriental afirma: aquece uma serpente congelada e serás a primeira vítima a ser por ela picada.
Lc. 17,11-19
Hoje o Evangelista nos fala da ingratidão . Existe um provérbio oriental que diz o seguinte: salva um homem e ele te transformará em sua primeira vítima. Outro provérbio também oriental afirma: aquece uma serpente congelada e serás a primeira vítima a ser por ela picada.
Assim,
todas as sociedades multiplicam provérbios que tentam veicular o tema da
ingratidão. Ingratidão é uma realidade
que nos custa e nos doi. Sentem-se não suficientemente agradecidos, em
primeiro lugar, nossos Pais. Depois de nos terem dado a Vida, que seríamos nós
sem eles? Absolutamente nada. Depois de tem dado estudo, formação e educação,
muitas vezes recebem indiferença por parte de seus próprios filhos. Não fizeram
nada disso com interesse pessoal, mas não custava coisa alguma serem gratos e
mostrar gratidão.
No Evangelho Jesus sente a mesma ingratidão. Dez são
os leprosos que lhe suplicaram a cura. “Kyrie eleison, Senhor tem piedade de
nós”. “Ide, mostrai-vos aos sacerdotes”.
Quando iam, ficaram curados. Nove deles, na alegria da cura, esquecerem-se
completamente do benfeitor. Um deles era estrangeiro, samaritano; este voltou,
prostrou-se diante de Jesus e Lhe agradeceu de todo coração. Este, e este
único, além da cura recebeu também o dom da fé.
Aqueles
leprosos, na verdade, não eram as piores pessoas. Tinham-se dirigido a Jesus
com muito respeito e inteira Confiança. Obedeceram à ordem de Jesus de irem
mostrar-se aos sacerdotes, mesmo sem antes terem recebido a cura. Não
reclamaram nem se lamentaram como Naamã, o sírio, o fizera, por julgar que na
Síria havia rios melhores para se banhar do que o rio Jordão em Israel. No
entanto, apesar de não serem os piores, esqueceram-se completamente de Jesus.
Este
Evangelho nos toca a tecla delicada da gratidão. Agradecemos a Deus o dom da vida? Os talentos que nos deu? A
família que temos? As oportunidades que tivemos e o que a vida nos oferece?
Agradecemos a Deus pela profissão, pelo casamento, pela nossa saúde?
Agradeçamos muito mais a Deus por nos ter dado o
ser e por nos acenar com a imortalidade na Vida Eterna. Eis o
ponto chave diante do qual nos pomos hoje a refletir: nossa Gratidão para com
Jesus Cristo e Seu Pai, ou a nossa ingratidão? Muitos de nós já fomos vitimas,
por certo, de pessoas ingratas, pessoas que não julgaram necessário ao menos
agradecer-nos suficientemente. Não façamos a mesma coisa com Deus.(*)
c/ f Padre Fernando C. Cardoso
c/ f Padre Fernando C. Cardoso
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