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sábado, 1 de maio de 2010

JESUS É A REVELAÇÃO DE DEUS PAI.

V DOMINGO DA PÁSCOA
Jo.13,31-35


O Deus transcendente, inominável, do Antigo Testamento recebe no Novo o apelativo de Pai de Jesus Cristo.
Hoje Felipe faz o seguinte pedido a Jesus: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isto é suficiente para nós”. Contemplar Deus é um desejo de todo judeu piedoso - já descrito nas páginas do Antigo Testamento – e, neste, a resposta a este profundo anseio humano não deixa de ser contraditória, pois, ora vem dito que o homem não pode contemplar o rosto de Deus e continuar em vida, ora que os puros de Coração poderão contemplar a face de Deus. É evidente que não estamos aqui para resolver uma exegese de textos, pois todos eles têm a sua beleza e a sua explicação. No entanto, a originalidade do texto de hoje está na resposta que Jesus dá a Felipe e, através de Felipe, dá a cada um de nós que nutre um grande desejo de contemplar um dia Deus: “Felipe, quem Me vê, vê o Pai”.
Jesus é a epifanía (= Revelação ) de Deus, Jesus é a plena manifestação de Deus, é a visibilidade de Deus. Em nosso credo niceno nós dizemos: “Ele é Deus de Deus, Ele é luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro”.
Em Jesus, na Sua história, nos Seus gestos, nas Suas Palavras é Deus mesmo quem se mostra a cada um de nós e, se nós tivermos - como Felipe e os outros doze apóstolos – um Poração puro e transparente, se nós tivermos pureza de intenção a mover todo o nosso Cristianismo, nós poderemos contemplar Deus já nesta Vida, antes da morte. Não, por certo, com olhos carnais - estes não são os mais perspicazes, os mais profundos, estes não são aqueles que detectam o mistério - nós poderemos contemplar Deus já neste mundo e de maneira sempre mais progressiva, através dos olhos penetrantes do próprio Coração.
Os santos fizeram esta experiência, e ela está aberta a todo Cristão digno deste nome. Gostaria de acrescentar uma última palavra a esta reflexão: o Cristão do século XXI ou será um místico - no verdadeiro sentido do termo - ou não será Cristão.   (*)
c / f Padre fernando C. Cardoso

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