Segunda Feira
8ª Semana T Comum
1Pd.1,3-9
8ª Semana T Comum
1Pd.1,3-9
Mc.10,17-27
Padre F.C.Cardoso
Padre F.C.Cardoso
Tendo encerrado ontem o Ciclo Pascal com a solenidade de Pentecostes,
entramos novamente na segunda metade do Tempo
Comum, que nos levará até o Advento, no final do ano.
Tempo Comum, na Liturgia, não significa tempo sem importância, banal,
significa que nós recebemos da Igreja
neste período uma oportunidade para aprofundar sempre mais nos mistérios de
Jesus Cristo, que são os mistérios de nossa Salvação.
Na primeira leitura, início da carta primeira de São Pedro, o Apóstolo
não encontra adjetivos capazes de exprimir a grandeza da Vida Eterna. Deus nos
chama – diz ele – a uma herança incorruptível, que não se murcha, que não se
deteriora, assim ele tenta descrever para nós o indescritível que é a Vida Eterna.
No Evangelho Jesus se encontra com um jovem aparentemente disposto a se
encaminhar para a Vida Eterna: “Bom
Mestre, que devo fazer para Alcançar a Vida Eterna?” Jesus aponta o caminho
dos Mandamentos, com os quais nós iniciamos a peregrinação em direção à
Eternidade. Mas depois acrescenta: “Se
queres ser perfeito, vai vende o que tens,dá aos pobres e terás um tesouro nos
Céus, a seguir vem e Me segue”.
Mas este jovem aparentemente tão aberto para os valores de Deus, não
encontrou prazer no conselho que lhe deu Jesus. Ele queria por certo chegar à
Vida Eterna, mas não queria que a Vida Eterna lhe custasse nenhum Sacrifício,
não desejava que lhe custasse qualquer renúncia, sobretudo não estava disposto
a abrir mão das suas riquezas materiais para conquistar as riquezas
espirituais, que são definitivas.
Este jovem é o paradigma de muitos Cristãos e católicos que desejam sim
com sinceridade a Vida Eterna, mas não estão dispostos a pagar nenhum preço
aqui neste mundo.
Para se ser rico nos
Céus é preciso aceitar alguma renúncia aqui na terra. Para se tornar rico
na Eternidade, é preciso aceitar alguma pobreza aqui neste mundo, este é o
preço que muitos cristãos e católicos não desejam de forma alguma pagar.
É possível que alguns de nós nos assustemos diante destas duas páginas
que se completam mutuamente. A Epístola tentando entusiasmar-nos com relação
aos bens futuros e Jesus nos alertando no entanto que eles custam alguma coisa,
embora o custo seja desproporcional, mas mesmo assim há muitos que não estão
dispostos a pagar o que quer que seja.
Agora a pergunta é devolvida a você: Você está disposto a algum sacrifício em relação à vida Eterna? (*)
c /f Padre Fernando C. Cardoso
c /f Padre Fernando C. Cardoso
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