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sábado, 15 de maio de 2010

A ASCENSÃO DO SENHOR JESUS.


Jo.24,4653

Celebramos neste Domingo com a Igreja do Brasil a solenidade da Ascensão do Senhor aos céus.  Na verdade, é o evangelista São Lucas nos Atos dos Apóstolos quem a periodiza: quarenta dias após a Ressurreição.  Os outros escritores todos - e até mesmo São Lucas em seu Evangelho - conhecem a Ascensão ou a Glorificação de Jesus no próprio dia de Páscoa. 

Teologicamente falando, a Ascensão é inseparável da Glória da Ressurreição: tendo Ressuscitado dentre os mortos, vencedor do pecado e da morte, Jesus está na Glória de Deus e a Ressurreição O leva imediatamente à glória de Deus. 

Quando o Ressuscitado apareceu, durante um período mais ou menos determinado, às testemunhas pré-estabelecidas por Deus, não aparecia de qualquer lugar, aparecia da Glória onde se encontra à direita de Deus. Mas, então, o que deseja o evangelista São Lucas comunicar-nos quando nos diz que a Ascensão ocorreu quarenta dias após a vitória da Páscoa?

Na verdade, lemos duas vezes um texto que fala sobre a Ascensão no dia de hoje: a primeira leitura, tirada dos Atos, e o seu Evangelho.  São Lucas deseja comunicar-nos o seguinte: após um período de aparições, Jesus Ressuscitado Se separou definitivamente de nós - Ele não está mais nas coordenadas de tempo e de espaço, Ele não se encontra mais aqui e não poderá mais ser visto com os nossos olhos corpóreos em nenhum lugar deste mundo - Ele está na Glória de Deus, à direita do Pai. 

Neste tempo que intercorre entre a Ascensão e o final da história - a Sua segunda vinda em Glória quando todos O contemplarão - podemos buscar Jesus apenas nos sinais sacramentais em que Ele Se deixa encontrar: na Sua Palavra, na Sua Eucaristia, através do Dom do Espírito Santo permanente na Igreja e em cada um de nós, na figura privilegiada do pobre e do sofredor e nos outros sacramentos que a Igreja celebra em Seu nome.

Através da Igreja e através do véu dos Sacramentos nós podemos novamente continuar a comunicar-nos com Cristo no Espírito Santo.  E, neste meio tempo, deixamos de olhar para o Céu também - não no sentido de não nos preocupamos com as coisas celestes - mas no sentido de não provocar novas visões ou novas aparições. 

Este tempo que intercorre entre a Ascensão e o final da História é um tempo precioso em que nós, movidos pelo Espírito Santo, nos tornamos testemunhas Suas, em Jerusalém, na Samaria, na Judéia e nos confins do mundo.(*)

c / f Padre Fernando C. Cardoso

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