7ª Semana da Páscoa
Jo.17,1-11
Jo.17,1-11
No Evangelho de São João, terminado o discurso de despedida, Jesus ergue os olhos aos céus e realiza a assim chamada Oração Sacerdotal, que possui profundidades inauditas: “Pai, é chegada a hora, glorifica o Teu Filho para que o Teu Filho Te glorifique.”
É preciso compreender este pedido de Jesus para não o entendermos mal. Jesus não pede
para Si uma glorificação que seja fruto do egoísmo; Ele não pede para Si uma
glorificação que fosse o término de um ato de poder ou de potência que o
separaria de todos nós.
Esta é a
glorificação humanamente falando – carnal - esta é glorificação do egoísta,
está é a glorificação daquele que deseja se separar dos demais e subir a
alturas inatingíveis para os outros. A
glorificação que pede Jesus ao Pai e a Si próprio é a glorificação da Paixão.
Jesus,
por ocasião da Paixão, Morte e Sepultura, passará por uma transformação
violenta, passará por uma metamorfose completa: Ele se transformará, com a
Glória da Ressurreição, em Corpo espiritual, glorificado, em Corpo todo invadido pelo Espírito Santo e, nesta nova realidade,
Ele pode Se entregar totalmente à Igreja e a cada um de nós. É esta a
glorificação que pede Jesus - e nós todos nos vemos envolvidos nela.
Hoje você
possui o Cristo vivo e palpitante dentro de si. Se você O percebe como uma realidade
mais atuante do que você mesmo, se você
conversa com Ele e tem a nítida impressão de que está conversando com Aquele
que está vivo para sempre, tendo nas mãos as chaves da Morte e do Abismo, esse
bem lhe foi concedido graças ao Espírito Santo.
Esta é a
glorificação de Jesus. Podemos, diariamente, tomar parte nesta glorificação e
até beneficiar-nos dela, pois Jesus glorificado está intimamente unido à
Igreja, e intimamente unido a cada um - possuímos a alma de Jesus, possuímos o
respiro de Jesus, possuímos o hálito de Jesus: o Seu Espírito Santo. (*)
c / f Padre Fernando C. Cardoso
c / f Padre Fernando C. Cardoso
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