SÁBADO
8ª SEMANA T. COMUM
Mc.11,27-33
8ª SEMANA T. COMUM
Mc.11,27-33
Há uma
semana atrás, concluindo o Tempo Pascal, celebrávamos a solenidade de Pentecostes.
Hoje celebramos a solenidade da Santíssima
Trindade. Na verdade, tudo se inicia, continua e se conclui em nome
da Santíssima Trindade.
Vem-me à mente
certa crise vivida pelo próprio São Tomás no final de sua existência.
Alguns chegaram a afirmar que São Tomás foi vitimado por uma profunda depressão; na verdade São Tomás, no final da sua
vida, não quis mais escrever coisa alguma, não desejou mais se pronunciar sobre
Deus, chegando a afirmar que tudo aquilo que até então havia dito de Deus era
pura palha, que servia a bem pouco. Admiramos esta afirmação de São Tomás,
porque como poucos ele se aprofundou na sua síntese teológica e na sua suma
teológica, “o mistério trinitário”.
No final da existência tudo é
palha, tudo é indigno de Deus e a melhor maneira de honrar a Deus é silenciar
respeitosamente na Sua presença. Este sentimento de profunda humildade diante
de um grandíssimo, infinito mistério que nos sobre-passa de muito a inteligência
- não só no tempo, mas também na eternidade - é o sentimento que domina, ou
deveria dominar nossos Corações não apenas no dia de hoje, mas no ano inteiro e
sempre que nos pomos na presença de Deus.
Jamais -
sequer na eternidade - compreenderemos o Seu mistério: uma grande Unidade que não Se dissolve numa Trindade de Pessoas!
E, no entanto, na Revelação cristã nós recebemos, através da Luz da Fé, o Amor
que o Pai imprimiu no Coração de Cristo através de Seu Espírito Santo e no-lo
coloca no próprio íntimo de nossos Corações.
Hoje nos voltamos para o Pai, de
onde provém todo Dom perfeito. Voltamo-nos ao Pai das Luzes e O adoramos humildes
e agradecidos, porque nos enviou o Seu Verbo Filho - Sua Palavra, Deus de Deus,
Luz da Luz – que, tendo sido Glorificado através da Paixão, Morte e Ressurreição,
é capaz de penetrar no íntimo dos nossos Corações e conceder-nos o Dom do
Espírito Santo.
Em outras
palavras, tendo recebido de Jesus o próprio Espírito de Deus no Coração de
Cristo, através de Sua mediação podemos dirigir-nos a Deus, infinitamente
grande, infinitamente maior do que tudo o que almejamos e desejamos.
Adoremos
a Trindade na Unidade de Sua substância e nas três Pessoas ou relações subsistentes.
(*)
c / f Padre Fernando
c / f Padre Fernando
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