Segunda Feira
4ª Semana da Páscoa
Jo.10,1-10
Bem antes da figura do Bom Pastor existem o mercenário interessado e os lobos ferozes e vorazes. No texto de São João, o evangelista, parece ter em mira os fariseus de sua época. Nós podemos ler este texto com os óculos da modernidade.
4ª Semana da Páscoa
Jo.10,1-10
Bem antes da figura do Bom Pastor existem o mercenário interessado e os lobos ferozes e vorazes. No texto de São João, o evangelista, parece ter em mira os fariseus de sua época. Nós podemos ler este texto com os óculos da modernidade.
Mercenários, maus ministros,
sacerdotes que deixam a desejar, lamentavelmente sempre existiram na Igreja. Não é
uma característica dos nossos tempos. No entanto, duas coisas devem ser ditas.
Em primeiro lugar - e graças a Deus – eles não são
maioria. Em segundo lugar, o Povo de
Deus deve ter um discernimento - que é dom do Espírito - para distinguir no Sacerdote,
no porta- voz, no Pregador, aquilo que vem de Deus, e aquilo que eventualmente
não provém de Deus.
Os
teólogos chamam a este sentido “sensus
fidelium”, isto é, o sentido, ou a intuição dos fieis Cristãos. Em terceiro lugar - é preciso acrescentar
ainda - pode uma boa palavra, uma boa
orientação provir eventualmente de uma boca errada, de uma pessoa errada, e nem
por isto o que ela diz se transforma em falso.
É claro,
a Igreja garante o mínimo na vida ou na obra dos seus Ministros ou Pregadores;
esse mínimo que a Igreja garante são a validade da Pregação e o uso de Ordens
para que pregue. Não pode, evidentemente, a Igreja garantir o máximo, o sucesso
apostólico, o sucesso daquela pregação, e é muito compreensível que boa parte
destes sucessos dependam da transparência de Vida do pregador e de sua Santidade
pessoal.
No
entanto - repito uma vez mais - pelo menos para espíritos mais cultos e mais
esclarecidos: um bom Sermão, uma boa Pregação, podem provir de uma pessoa que
não seja transparente na sua Vida. Neste caso uma pessoa de Fé, que não confunde tudo, fica com aquilo que é bom e
deixa de lado o que não presta.
Todos
nós, nos dias que correm, somos mais do que convidados a Rezar pelos nossos Sacerdotes
e pelos nossos Pregadores. Saibam todos que eles são homens como nós, mas na Santidade
do Ministério Sacerdotal não se aceitam determinadas posturas. Repito, para
terminar, ninguém atire a primeira pedra
se se sente ele também pecador - somos todos pecadores e necessitados
urgentemente da misericórdia de Deus. (*)
c / f Padre Fernando C. Cardoso
c / f Padre Fernando C. Cardoso
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