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segunda-feira, 26 de abril de 2010

UMA BOA PALAVRA PODE SAIR DE UMA PESSOA NÃO CORRETA.


Segunda Feira
4ª Semana da Páscoa
Jo.10,1-10

Bem antes da figura do Bom Pastor existem o mercenário interessado e os lobos ferozes e vorazes. No texto de São João, o evangelista, parece ter em mira os fariseus de sua época. Nós podemos ler este texto com os óculos da modernidade.

Mercenários, maus ministros, sacerdotes que deixam a desejar, lamentavelmente sempre existiram na Igreja. Não é uma característica dos nossos tempos. No entanto, duas coisas devem ser ditas.

Em primeiro lugar - e graças a Deus – eles não são maioria. Em segundo lugar, o Povo de Deus deve ter um discernimento - que é dom do Espírito - para distinguir no Sacerdote, no porta- voz, no Pregador, aquilo que vem de Deus, e aquilo que eventualmente não provém de Deus.

Os teólogos chamam a este sentido “sensus fidelium”, isto é, o sentido, ou a intuição dos fieis Cristãos. Em terceiro lugar - é preciso acrescentar ainda - pode uma boa palavra, uma boa orientação provir eventualmente de uma boca errada, de uma pessoa errada, e nem por isto o que ela diz se transforma em falso.

É claro, a Igreja garante o mínimo na vida ou na obra dos seus Ministros ou Pregadores; esse mínimo que a Igreja garante são a validade da Pregação e o uso de Ordens para que pregue. Não pode, evidentemente, a Igreja garantir o máximo, o sucesso apostólico, o sucesso daquela pregação, e é muito compreensível que boa parte destes sucessos dependam da transparência de Vida do pregador e de sua Santidade pessoal.

No entanto - repito uma vez mais - pelo menos para espíritos mais cultos e mais esclarecidos: um bom Sermão, uma boa Pregação, podem provir de uma pessoa que não seja transparente na sua Vida. Neste caso uma pessoa de Fé, que não confunde tudo, fica com aquilo que é bom e deixa de lado o que não presta.

Todos nós, nos dias que correm, somos mais do que convidados a Rezar pelos nossos Sacerdotes e pelos nossos Pregadores. Saibam todos que eles são homens como nós, mas na Santidade do Ministério Sacerdotal não se aceitam determinadas posturas. Repito, para terminar, ninguém atire a primeira pedra se se sente ele também pecador - somos todos pecadores e necessitados urgentemente da misericórdia de Deus.   (*)

c / f Padre Fernando C. Cardoso

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