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sábado, 17 de abril de 2010

JESUS CAMNHA SOBRE AS ÁGUAS PORQUE SÓ ELE ESTÁ ACIMA DE TODOS OS PERIGOS.


Sábado
2ª Semana da Páscoa
Jo.6,16-21

O texto do Evangelho de hoje é a seqüência da Multiplicação dos Pães. Como os outros sinóticos, São João mostra a seus leitores Jesus que caminha sobre as águas. Este texto também adquire uma dimensão mais profunda ao ser lido após a Paixão, Morte e Ressurreição, porque, efetivamente, caminhar sobre as águas é um eufemismo para se referir à Paixão, ao Sofrimento e à Ressurreição.

As águas torrenciais e profundas - na Sagrada Escritura e no Antigo Testamento - foram sempre sinônimos de um Abismo que engole, por assim dizer, o ser humano, e o dissolve nas próprias entranhas. As águas torrenciais na Sagrada Escritura, foram sempre sinônimo do caos, do inacabado, ou do desumano, cruel e mortífero.

Jesus, ao caminhar sobre as águas, mostra-nos neste texto o Seu poder, a Sua capacidade de subjugar não apenas o elemento marítimo - mares e oceanos - mas aquilo que representam e simbolizam, e vai no seu prolongamento com dimensão muito mais assustadora. O caos, o informe, o desumano e aquilo que nos destrói, tudo isto, após a Morte e Ressurreição de Jesus, está debaixo de Seus pés. O Ressuscitado é o único que tem a capacidade de caminhar tranquilo e impassível sobre as águas dos oceanos e dos mares.

Ao entrar na barca com os discípulos, esta imediatamente chega ao porto da Salvação. Nós ainda nos assustamos momentaneamente com a torrente, com as águas e com o seu ímpeto que, de quando em quando, nos ameaçam. Mas Jesus no texto de hoje nos mostra que, em favor de cada um de nós, caminhou, e continua a caminhar sobre as águas. Isto quer dizer que Ele caminha não apenas genericamente, mas caminha sobre as tribulações e sofrimentos de cada um de nós.

É verdade - normalmente Jesus Ressuscitado não nos retira miraculosamente das águas que nos ameaçam com sua fúria e devastação, mas Ele nos segura pelas mãos e, depois de tantas experiências trágicas em nossas existências, nós ainda estamos vivos do lado de lá e - devemos acrescentar - mais consolidados na virtude e mais maduros na Confiança e na Fé. (*)

c / f Padre Fernando C. Cardoso

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