SÁBADO SANTO
Neste Sábado Santo - um dia absolutamente despojado do ponto de vista litúrgico - a Igreja se recolhe junto ao túmulo de Cristo em meditação.
Neste Sábado Santo - um dia absolutamente despojado do ponto de vista litúrgico - a Igreja se recolhe junto ao túmulo de Cristo em meditação.
Diz-nos o
evangelista São João que, logo após a Morte, um dos soldados feriu-Lhe o lado,
e imediatamente correram Sangue e Água. A partir do Sangue de Jesus, a partir
da sua Morte violenta, a Água escorrida
do lado era o símbolo do Espírito Santo. O Sangue significa a Morte e a Água,
o Fruto desta Morte, que é o Espírito Santo que nos é dado. Até hoje nós podemos receber este filete de Água - o Espírito Santo
que, para nós, provém do Coração de Jesus ferido, por nós, na Cruz.
Ele, pela primeira vez, nos toca
quando somos Batizados e, realmente, naquele instante um filete de Água -
símbolo do Espírito do Ressuscitado - é derramado nas nossas cabeças. O
Espírito Santo vem a nós, repito, das chagas de Jesus, o Espírito de Jesus
tingido de vermelho, porque vermelho é o Sangue derramado.
Podemos
fazer uma comparação: quando respiramos, nós inspiramos o ar e o mandamos para
o pulmão; este ar oxigena o Sangue que, oxigenado, é conduzido a todas as
partes do corpo. O Sangue oxigenado mantém-nos em Vida.
Jesus - e
esta é a analogia - na Sua Paixão, inspirou o Espírito Santo - e, de fato,
espírito e respiro em grego são ditos com uma única palavra: pneuma. Jesus
inspirou o Espírito Santo na extrema obediência do Amor. O Espírito Santo inspirado por Cristo na Sua Paixão oxigenou-Lhe, por
assim dizer, o corpo inteiro.
É claro
que não estamos mais nos referindo a realidades biológicas, mas ascendemos a realidades
espirituais. Oxigenado pelo Espírito Santo, Jesus pode entregá-Lo a nós, e Ele
nos é dado tingido de vermelho, a partir do Seu Sangue. Nós O recebemos pela primeira vez no nosso batismo e, todas as vezes
que comungamos, Jesus renova este gesto de doação de Seu Espírito a nós.
Sempre -
não se esqueçam - tingido de vermelho, porque Ele provém da Sua Paixão e é Seu
fruto mais excelente. (*)
c / f Padre Fernando C. Cardoso
c / f Padre Fernando C. Cardoso
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