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sábado, 17 de abril de 2010

SEM JESUS TODO TRABALHO É ESTÉRIL.



3º DOMINGO DA PÁSCOA
Jo.21,19-19 ou 1-14

O apêndice do evangelho de São João, que neste terceiro domingo da Páscoa é proclamado, é um texto recente, no entanto contém, a meu ver, uma antiquíssima tradição de Aparição de Jesus Ressuscitado.

Simão volta a sua antiga profissão de pescador, com ele alguns sócios que também tinham sido companheiros de Jesus. Podemos imaginar o desânimo e a resignação com que retomam uma tarefa que parecia estar liquidada para sempre.

Simão e seus companheiros conduzem a barca para águas profundas, mas a barca mesmo conduzida por Simão e por seus companheiros, sem a presença de Jesus, é uma barca estéril, é uma barca que nada pesca, é uma barca que não se enche de peixes. Quando Jesus aparece às margens e ordena que lancem a rede novamente então sim, apanham uma quantidade enorme, cento e cinqüenta e três grandes peixes.

Jesus num momento seguinte interroga Pedro por três vezes: “Simão filho de João, tu me amas?” E por três vezes recebe a profissão de fé arrependida daquele que por três vezes O havia negado.

Recebe novamente o nome simbólico, Pedro, e desta feita se transforma no primeiro timoneiro da barca da Igreja, destinada a recolher não apenas 153 grandes peixes, isto era apenas o início e o simbolismo de uma pesca incontável, grandiosa que ainda não se terminou, porque esta rede, apesar de tantos contratempos, de tantas borrascas, de tantos quase naufrágios, não se cansa de tantos novos peixes.

São as conquistas que a Mãe Igreja consegue fazer ao longo de toda a sua história, apresentando esta colheita sempre nova ao Senhor Ressuscitado.

Gostaria de chamar a atenção para o simbolismo do número 153. Não se trata de um número mágico qualquer. O evangelista talvez com este número nos queira indicar que a Igreja quando nasceu com o Senhor Ressuscitado, sob a direção visível de Pedro, nasceu múltipla, pluralista.

Até os dias de hoje, todos têm lugar nesta rede. Existe lugar para os conservadores, para os avançados, para os ignorantes, para os intelectuais, para os grandes e para os pequenos.

Sim, o Cristianismo é multiforme, ele nasceu pluralista, ele não nasceu único. Todas as raças, as índoles, todas as civilizações, sem sacrificar o que de bom possuem, tem o seu lugar e podem se encontrar na rede de SãoPedro que as conduz à Salvação.   (*)
c / f Padre Fernando C. Cardoso

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