Quinta Feira
3ª Semana da Páscoa
Jo.6,44-51
Ontem Jesus se apresentava a todos nós como Aquele que sacia uma fome misteriosa que carregamos dentro de nós e que nada neste mundo - sobretudo depois de muitas experiências feitas – pode satisfazer.
3ª Semana da Páscoa
Jo.6,44-51
Ontem Jesus se apresentava a todos nós como Aquele que sacia uma fome misteriosa que carregamos dentro de nós e que nada neste mundo - sobretudo depois de muitas experiências feitas – pode satisfazer.
Existem uma Fome e uma Sede que vão muito além de tudo aquilo que, à
primeira vista, queremos ou desejamos. Somos
vítimas de nossas próprias ilusões porque, por primeiro, queremos, desejamos e
depois fazemos a experiência de que o objeto dos nossos desejos não preencheu
toda aquela capacidade, aquela potência, aquela fome de infinito que carregamos
dentro de nós.
Jesus é para aqueles
que crêem a única Pessoa capaz de nos satisfazer; no entanto, o texto
que hoje temos diante dos olhos nos afirma que, para descobrirmos que Jesus é o encanto, o tesouro de nossas vidas, é
preciso que Deus Pai nos atraia interiormente para Ele.
Ninguém vai ao Pai
diretamente se o Pai não o atrai a Si. Aqueles que se deixam atrair pelo Pai
são por Ele conduzidos a Jesus. Sem esta atração prévia não há possibilidade de
encontrarmos em Jesus aquilo que tanto desejamos: o encanto da nossa existência, aquela pessoa que satisfaz e vai muito
além de todos os nossos desejos.
Os teólogos posteriores e clássicos, falariam que nós estamos aqui
diante do primado da Graça, e têm toda razão porque, se de um lado carregamos fome de infinito, por outro não somos
capazes por nós mesmos de encontrar o alimento proporcional a esta fome.
Muitos há que buscam outros alimentos, outras fontes que não são o
Cristo. Com o tempo eles farão a experiência da insuficiência daquilo que
encontraram. Nós, no entanto, só
poderemos detectar em Cristo o nosso tesouro se formos interiormente atraídos
por Deus; porém, ninguém julgue que estamos aqui diante de um determinismo
divino, que nada tem a ver com a nossa liberdade ou com a nossa responsabilidade. (*)
c / f Padre Fernando C. Cardoso
c / f Padre Fernando C. Cardoso
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