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sábado, 24 de abril de 2010

PELA COMUNHÃO, DA EUCARISTIA, NOS TORNAMOS MEMBROS VIVOS DE JESUS RESSUSCITADO.


Sábado
3ª Semana da Páscoa
Jo.6,60-69


“Estas palavras vos escandalizam?”
pergunta Jesus neste Evangelho aos doze e a Seus discípulos de maneira geral. São Pedro, porta-voz do grupo apostólico, responde-Lhe: “Senhor, a quem iremos?”

À primeira vista esta resposta de São Pedro soa como uma espécie de resignação, mas ele acrescenta logo a seguir: “Somente Tu tens palavras de Vida Eterna, e nós sabemos que és o Santo de Deus”.

O realismo eucarístico - juntamente com a afirmação da divindade de Jesus - escandalizou muitos judeus que num primeiro momento O seguiram. Estes abandonaram a Igreja; é fato que tomaram ao pé da letra as Palavras de Jesus, e nisto não estavam errados. Erraram, no entanto, na maneira grosseira de entendê-las. `

Não se trata, de forma alguma, de nenhum canibalismo. Jesus, Morto e Ressuscitado, teria o Seu Corpo e Sangue de tal maneira transformados em Glória pascal pelo Espírito Santo, que pode, agora, identificá-los como Pão e como Vinho. Em outras palavras, Ele tem todo o Poder agora de fazer desaparecer a substância do pão e do vinho para que sejam eles transformados em Si mesmo, isto é, no próprio Cristo que Se dá.

É fato que nós estamos unidos a Jesus Cristo, fisicamente, realmente, desde o nosso batismo – São Paulo nos afirma que, a partir de então, nós nos tornamos membros de Jesus Cristo. Uma vez mais Seu Corpo Ressuscitado agora apresenta uma figura difusa e é capaz de agregar os nossos diversos “eus” - estamos unidos a Cristo, e tudo que fazemos de bom - e menos bom - o realizamos no interior do Corpo de Cristo de quem somos membros.

No entanto, como necessitamos da Eucaristia, comungamos o Corpo imolado e o Sangue derramado. De fato, Cristo, que se dá a nós na Eucaristia, dá-se a nós no ato mesmo de Sua Redenção; dá-se a nós no Seu Sacrifício íntimo e através do Seu Sacrifício tornado atual na Eucaristia.

Ele sempre alimenta aquela outra presença batismal semelhante a si mesmo dentro de nós e que é suscetível de crescimento e de maior aprofundamento. Comunguemos sim, comunguemos frequentemente, mas comunguemos com piedade, com unção, e peçamos a Cristo que naqueles momentos fortes intensifique, aprofunde a nossa própria Vida interior e intima com Ele e com nossos irmãos.   (*)

 c  / f  Padre Fernando C. Cardoso

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