Sábado
3ª Semana da Quaresma
Os.14,2-10
Hoje
lamenta-se Deus - através do profeta Oséias na primeira leitura - que o Amor de
muitos de nós é comparável a uma pequena nuvem que surge na Palestina quando
desponta a aurora. Os primeiros raios do
sol são mais que suficientes para dissipar esta nuvem.
O
profeta escolheu um símbolo eloqüente – como a nuvem, muitos de nós somos
inconstantes diante de Deus, não somos perseverantes e não levamos a sério propósitos
ou convicções que vamos formando em nós.
Inconstância, falta de perseverança, quedas repetidas no mesmo pecado,
conversões ambíguas que não atingem o fundo do Coração - tudo isto é aquela
matéria de que se lamenta Deus por intermédio do seu profeta.
Hoje, o
texto não fala aos antigos israelitas que não existem mais - fala a nós. Hoje
este texto quer se referir a cada um de nós, e temos todo dever diante dele de,
com realismo e humildade, nos colocar diante de Deus a examinar a constância, a fidelidade e a perseverança nos nossos bons
propósitos.
A este
respeito, diz Jesus em outro lugar: “não
são aqueles que dizem Senhor, Senhor”, não são aqueles que multiplicam seus
bons propósitos que entrarão infalivelmente na Vida eterna. São, pelo contrário,
aqueles que traduzem em prática a Palavra de Deus, que foi feita e transmitida
de um modo tal, que não deve ser apenas escutada. Existe um momento em que ela
é escutada, existe um segundo momento em que ela é ruminada e jogada para dentro
do Coração, e um terceiro momento - que não deve faltar jamais - diante do qual
devemos nos examinar diariamente se ela se traduz em prática, se ela se traduz
numa Vida diversa, numa Vida mais Evangélica ou mais unida a Cristo.
Estes,
e apenas estes, são os que progridem agora na Quaresma na intimidade com Deus,
a estes Deus revelará a Sua face, e estes levam a sério a Vida cristã, que é
uma Vida que deve ser concretamente vivida. (*)
c / f Padre Fernando C. Cardoso
c / f Padre Fernando C. Cardoso
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