Quarta Feira
2ª Semana da Quaresma
Mt.20,17-31
Diz-nos o Evangelista São Mateus que Jesus
pela terceira vez anuncia aos Discípulos e a
nós nesta quaresma, que subirá à Jerusalém
para enfrentar a Paixão, Morrer e Ressuscitar.
A primeira vez que Jesus mencionou a sua
sorte trágica, o seu destino de Morte, Pedro
tentou afastá-lo desse propósito.
A segunda vez que Jesus mencionou este seu futuro, os discípulos não entenderam e entre si, na estrada que conduzia a todos à Jerusalém discutiam calorosamente a respeito de qual deles seria o maior.
Nesta
terceira vez que Jesus anuncia a sua paixão, são os dois irmãos, filhos de
Zebedeu, Tiago e João, que se aproximam e lhe fazem um pedido nada modesto: “Queremos assentar-nos um a tua direita,
outro a tua esquerda” Jesus chama-lhes a atenção: “Podeis beber o cálice que estou para beber?”
Isto é: “Podeis vós também suportar o destino que
está para cair sobre mim?”.: “Podemos”, não
sabiam o que diziam. Inconsideradamente –acredito, superficialmente
- responderam logo Padre Fernando
C.Cardoso
No
entanto Jesus não os contradisse, no futuro eles irão sofrer o mesmo destino,
serão perseguidos e provavelmente martirizados. Não conseguirão aquela Graça
imoderada e ambiciosa que desejavam, um a direita e outro a esquerda. E nós nos
perguntamos por que, se efetivamente tomaram parte no destino de Jesus?
É que com a Paixão eles se converteram, convertendo-se
verdadeiramente eles caíram em si, ao caírem em si, perceberam que aquele
pedido era totalmente despropositado, era um pedido carnal, não era um pedido
inspirado pelo mesmo espírito de Jesus.
E assim
acontece conosco também, antes de nos dedicar a Oração, muitos dos nossos pedidos
a Deus são carnais, não sabemos o que pedimos e muitos de nós, pedem o que
contraria a Deus.
Ao nos
entregar à Oração, Deus vai nos afinando, nos
aproximando sempre mais do Coração de Jesus e assim ao cabo de meses ou
de anos, aquele que anteriormente, no inicio de sua vida cristã séria, fazia
pedidos carnais, agora não os faz mais, agora percebe o que agrada a Deus o que é essencial, o que deve ser pedido
e o que deve ser deixado a livre iniciativa de Deus.
Nós todos, de resto, recebemos
muito mais do que
merecemos. (*)
c / f Padre Fernando C.Cardoso
c / f Padre Fernando C.Cardoso
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