4ª Semana da Quaresma
Sábado
Jer.11,18-20
Jo.7,40-53
Na primeira leitura o profeta Jeremias depois de receber informações alarmantes da parte de seus opositores que desejam estripá-lo da terra, assim se dirige a Deus: “Senhor dos desertos, justo juiz, Tu que perscrutas o Coração e a Mente, possa eu contemplar a vingança de meus inimigos.
Jeremias
realiza algo de notável e admirável. Ele não toma a iniciativa de se vingar com
suas próprias mãos. Mas nos moldes da Teologia do Antigo Testamento pede a Deus
que tome a peito a sua causa e o vingue de seus próprios inimigos.
Nós,
neste final de quaresma, somos convidados a ultrapassar Jeremias, porque não só
não pedimos a Deus a vingança sobre nossos inimigos, mas também não lhe pedimos
mal algum, pelo contrário, Jesus nos
manda a rezar e fazer o bem indiscriminadamente até com relação àqueles que
positivamente urdiram no passado ou realizam no presente, projetos contrários à
nossa pessoa.
Somente quando nós sairmos do nível da vingança e entrarmos no
nível do perdão; e do perdão gratuito a todos, sem nenhuma exceção, seremos
verdadeiramente filhos de Deus.
Porque?
Porque então estaremos com a Sua Graça imitando exatamente o nosso Pai Celeste,
porque Ele Deus consegue
misericordiosamente seu perdão a todos os homens e mulheres pecadores e o faz,
sobretudo nesta quaresma. Nesta quaresma pede a você e a todos os cristãos
que O imitemos numa absolvição larga generosa e que abrace todos aqueles com os
quais tivemos no passado, ou temos ainda no presente, algum contencioso ou
alguma de pré julgamento, ou descriminação.
No
evangelho João nos mostra como Jesus pode ser mal compreendido. Não dizem todos
que o Cristo vem da Cidade de David, em Belém? Como pode Ele vir de Nazaré da
Galiléia? As escrituras são claras; todos julgam saber muito a respeito de
Jesus, mas ninguém sabe que Ele na verdade não veio nem de Nazaré, e nem de
Belém, Ele veio do Pai.
Existe
um conhecimento de Cristo que é puramente livresco, e não nos leva a uma
intimidade com a Sua pessoa.
Nós
somos convidados, neste final de quaresma, também superar este conhecimento
meramente intelectual, em prol de um
conhecimento espiritual, em prol de um conhecimento mais íntimo e fruto da
nossa Oração e da nossa Meditação. (*)
c / f Padre Fernando C. Cardoso
c / f Padre Fernando C. Cardoso
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