3º DOMINGO da QUAESMA
Lc.13,1-9
Neste terceiro domingo da Quaresma, o evangelista São Lucas,
surpreendentemente, nos coloca diante dos olhos dois fatos de crônica que deviam
ter acontecido nos tempos de Jesus.
Alguém lhe diz que certos galileus tiveram sorte trágica porque, enquanto ofereciam sacrifícios no Templo de Jerusalém, foram massacrados pela autoridade romana. Outro fato de crônica foi o desastre da torre de Siloé, que teria desabado e matado dezoito pessoas.
Padre Fernando
C.CardosoAlguém lhe diz que certos galileus tiveram sorte trágica porque, enquanto ofereciam sacrifícios no Templo de Jerusalém, foram massacrados pela autoridade romana. Outro fato de crônica foi o desastre da torre de Siloé, que teria desabado e matado dezoito pessoas.
Imaginavam impressionar Jesus com estes dois fatos recentes, como acontece conosco, quando pela manhã abrimos os jornais e nos deparamos com tragédias e sofrimentos. Jesus vai a fundo e não se deixa impressionar pelas notícias da última hora: “Não creiais que esses galileus ou esses habitantes de Jerusalém vitimados pelas duas tragédias eram mais pecadores do que vós. Não! Se não vos converterdes todos, perecereis da mesma maneira”
Deus não deseja castigar-nos, mas não o provoquemos, porque tudo tem os seus limites e Jesus arremata o diálogo e a reportagem com uma parábola: “Alguém plantou uma figueira, mas esta figueira era infértil, não produzia frutos. Seu proprietário resolve então extirpá-la. Para que continuar a ocupar este lugar depois de três anos sem produzir fruto algum? O empregado lhe suplica uma prorrogação. Vou cavar ao redor, vou adubá-la, quem sabe neste último ano produzirá algum fruto”. Podemos ver por detrás do semblante deste operário o próprio Jesus.
Se fomos infrutíferos, inférteis ou estéreis no passado, nesta Quaresma e neste ano, Deus nos concede um tempo a mais. Mas, atenção, este tempo não é indefinido, este tempo conhecerá um ponto final e este ponto final é o dia da Morte de cada um. E não sabemos quantas Quaresmas ainda teremos pela frente.
Não especulemos sobre a Misericórdia de Deus, deixemo-nos adubar por Jesus nestes dias e, com a graça de Deus, produzamos o que Ele, Deus, espera de nós. (*)
c / f Padre Fernando C. Cardoso
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