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domingo, 7 de março de 2010

NÃO DESILUDAMOS JESUS



3º DOMINGO da QUAESMA
                                                                          Lc.13,1-9
Neste terceiro domingo da Quaresma, o evangelista São Lucas, surpreendentemente, nos coloca diante dos olhos dois fatos de crônica que deviam ter acontecido nos tempos de Jesus.
        Alguém lhe diz que certos galileus tiveram sorte trágica porque, enquanto ofereciam sacrifícios no Templo de Jerusalém, foram massacrados pela autoridade romana. Outro fato de crônica foi o desastre da torre de Siloé, que teria desabado e matado dezoito pessoas.
Padre Fernando C.Cardoso




           Imaginavam impressionar Jesus com estes dois fatos recentes, como acontece conosco, quando pela manhã abrimos os jornais e nos deparamos com tragédias e sofrimentos. Jesus vai a fundo e não se deixa impressionar pelas notícias da última hora: “Não creiais que esses galileus ou esses habitantes de Jerusalém vitimados pelas duas tragédias eram mais pecadores do que vós. Não! Se não vos converterdes todos, perecereis da mesma maneira”
          Deus não deseja castigar-nos, mas não o provoquemos, porque tudo tem os seus limites e Jesus arremata o diálogo e a reportagem com uma parábola: “Alguém plantou uma figueira, mas esta figueira era infértil, não produzia frutos. Seu proprietário resolve então extirpá-la. Para que continuar a ocupar este lugar depois de três anos sem produzir fruto algum? O empregado lhe suplica uma prorrogação. Vou cavar ao redor, vou adubá-la, quem sabe neste último ano produzirá algum fruto”. Podemos ver por detrás do semblante deste operário o próprio Jesus.      É Jesus quem pede ao Pai uma prorrogação para cada um de nós, antes que venha o castigo definitivo. Não é verdade que Ele intercede por nós constantemente na presença de Deus Pai? Não é verdade que constantemente mostra ao Pai as chagas gloriosas que foram o preço do nosso resgate? Não desiludamos Jesus, que nos concede da parte de Deus um prolongamento de nossos dias, uma prorrogação da nossa Vida.
         Se fomos infrutíferos, inférteis ou estéreis no passado, nesta Quaresma e neste ano, Deus nos concede um tempo a mais. Mas, atenção, este tempo não é indefinido, este tempo conhecerá um ponto final e este ponto final é o dia da Morte de cada um. E não sabemos quantas Quaresmas ainda teremos pela frente.
          
Não especulemos sobre a Misericórdia de Deus, deixemo-nos adubar por Jesus nestes dias e, com a graça de Deus, produzamos o que Ele, Deus, espera de nós.    (*)
c / f Padre Fernando C. Cardoso

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