Quinta Feira
2ª Semana Tempo Comum
2ª Semana Tempo Comum
Lc.16,19-31
Jr.17,5-10
Jr.17,5-10
Hoje
coloca-nos a Igreja diante dos olhos a famosa Parábola do rico epulão e do
pobre Lázaro. Esta Parábola é um texto evangélico que se ajusta perfeitamente
ao tempo que estamos vivendo.
O rico do
texto se veste esplendidamente, nada na riqueza e concede aos amigos esplêndidos
banquetes. A sua mansão é uma ilha de fantasia, ele não podia imaginar, se quer,
que do outro lado desta mansão fantástica havia uma multidão de pobres que nada
possuíam. Cavou a vida inteira um abismo
entre si e aquela outra multidão que ficava bem distante de suas vistas, não
desejava sequer considerá-los.
Jesus nos
diz que este mesmo abismo existe no além, só que invertidamente, aquele que se
banqueteava aqui é o mesmo que lá, no além, pede uma gota de água para lhe
refrescar a língua.
Aparentemente
entre a Parábola do rico epulão, e a primeira leitura tirada do texto de Jeremias,
não existe vínculo direto, no entanto uma leitura atenta nos mostra um vínculo
sim.
Jeremias
afirma num texto deuteronomista que corre em seu nome o seguinte: “Maldito o homem que confia em si mesmo”
ele é comparável a cargos que existem nas estepes e no deserto, não possui
nenhuma vitalidade.Este é o caso do rico epulão, ele confiou em si mesmo, ele
encheu a vida de si próprio, tornou-se com os anos um perfeito egoísta. Confiava
nos seus bens, confiava nas suas riquezas e não teve longemirância para
detectar o que vem depois dos poucos anos que nós transcorremos aqui na terra.
No final
da Parábola existe uma advertência:
ele quer chamar a atenção dos cinco irmãos que ainda estão na terra. Abraão lhe
diz que estes cinco irmãos não necessitam da aparição de um morto, eles têm
Moisés e os profetas, que os escutem.
Na verdade estes cinco irmãos
somos todos nós que ainda estamos momentaneamente na terra e que hoje, neste
dia quaresmal, ouvimos, lemos e meditamos este Evangelho.
Se
existem analogias e semelhanças entre nossa Vida e a vida deste rico insensível
e de Coração de pedra, ainda Deus nos concede tempo para conversão e
arrependimento, porque Deus não deseja a
morte do pecador e sim que ele se converta e viva.
Neste
caso, que a conversão se dê do egoísmo
para a misericórdia, para a sensibilidade e para o altruísmo com relação
aos que sofrem.(*)
c / f Padre Fernando C. Cardoso
c / f Padre Fernando C. Cardoso
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