2ª Feira Toda
4ª Semana da Quaresma
Jo.4,43-54.
A
partir de hoje e durante todo Tempo Pascal, a Igreja nos fará ouvir normalmente
o Evangelho de São João. O texto que hoje se nos apresenta fala-nos da cura do
filho de um alto oficial da Galiléia. Este se aproxima de Jesus e suplica em
favor de seu filho. Jesus simplesmente lhe diz que pode voltar tranqüilo para
sua casa, de Nazaré ou de suas redondezas a Carfanaum, porque este seu filho
está curado
É de se notar que Jesus não realizou gesto algum, e o caminho de Caná da Galiléia a Carfanaum era um caminho a ser percorrido em dois dias. Aquele oficial durante dois dias creu na Palavra de Jesus, sem que pudesse verificar a sua eficácia ou não. Somente quarenta e oito horas depois, ao se aproximar de Carfanaum, recebeu, por seus empregados, a notícia de que o filho se encontrava bem. Perguntou a que horas a febre o havia deixado e, através da resposta, percebeu ser aquela a hora em que Jesus lhe dissera “vai, teu filho vive”.
É de se notar que Jesus não realizou gesto algum, e o caminho de Caná da Galiléia a Carfanaum era um caminho a ser percorrido em dois dias. Aquele oficial durante dois dias creu na Palavra de Jesus, sem que pudesse verificar a sua eficácia ou não. Somente quarenta e oito horas depois, ao se aproximar de Carfanaum, recebeu, por seus empregados, a notícia de que o filho se encontrava bem. Perguntou a que horas a febre o havia deixado e, através da resposta, percebeu ser aquela a hora em que Jesus lhe dissera “vai, teu filho vive”.
Novamente
arremata o evangelista: creu ele e toda
a sua família. Este texto foi conservado pelo evangelista para mostrar a gênese de um progresso no
ato de fé.
O ato de Fé puro é aquele que se baseia
unicamente na Palavra de Deus, ainda que não possa ser
verificado de forma alguma. Se este oficial não estivesse inicialmente disposto
a crer - ainda que ainda com uma Fé inicial e incoativa - ele poderia pensar da
seguinte maneira: bem, se as coisas não derem certo, eu tinha perfeita razão em
não crer; se as coisas, pelo contrário, derem certo é porque deveriam acontecer
daquela maneira.
Quem não crê tem sempre alguma justificativa
para a sua incredulidade; no entanto, não é para isto que o
evangelista nos transmite este texto. É para que nós passemos de uma Fé inicial
- quem sabe imperfeita ainda, buscando algum bem material em nosso favor ou
proveito - para uma Fé mais madura, onde
o desinteresse é total e a confiança depositada nas mãos de Deus é absoluta,
sem que seja necessária alguma verificação.
Isto
não é absolutamente irracional. Isto não nos torna animais ou não nos torna
seres estúpidos ou imbecis. Isto simplesmente mostra que a verdadeira fé se dará apenas quando nos entregarmos sem nenhuma
verificação. Isto acontecerá plenamente no momento da Morte de cada um de
nós. (*)
c /c Padre Fernando C. Cardoso
c /c Padre Fernando C. Cardoso
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