Quinta Feira
4ª Semana Tempo Comum
1Rs.2,1-4.10-12
O texto do I Livro dos Reis hoje nos narra o fim de Davi e sua morte: “Eu me vou pelo caminho de todo ser humano”, diz o velho Davi.
Ele havia vivido intensamente a sua Vida, ele havia sido escolhido ainda criança para ser o Ungido de Deus. Realizou proezas durante a sua juventude e a primeira maturidade; ele conseguiu se impor sobre algumas tribos e se transformar em primeiro Monarca do Reino de Judá, ou Reino do Sul, assumindo como capital a Cidade neutra de Jerusalém.
Ele havia conduzido para Jerusalém a Arca da Aliança de Deus, transformando Jerusalém de Cidade profana, numa Cidade religiosa, o que é até os dias de hoje. Ele havia guerreado, lutado contra os inimigos ao redor, filisteus, amonitas, mas agora Davi se encontra no final da sua existência e o texto relata a sua partida deste mundo.
Davi aceitou como qualquer ser humano a sua sorte; quando chegou a hora de deixar esta Vida, não se apegou a ela.
Padre Fernando C. Cardoso
E o texto deuteronomista que hoje temos diante dos olhos nos ensina a sermos nós também como Davi.
Após uma Vida carregada de feitos, de realizações, sobretudo uma Vida carregada de boas obras, de Amor a Deus e de serviço desinteressado aos outros, nós podemos imigrar definitivamente deste mundo, porque nós não temos aqui morada permanente.
Como é triste ver pessoas que se apegam a vida nos últimos momentos, até quando esta impiedosamente lhe escorrega das mãos, o melhor seria para todos nós nos entregarmos nas mãos de Deus.
Davi não tinha a Fé que nós possuímos, ele falava de ir para a estrada de qualquer homem que é a Morte e a sepultura, nós não entregamos a nossa Vida ao caixão, a terra ou ao túmulo.
Nós depositamos as nossas Vidas nas mãos de Deus e desde já nós podemos perfeitamente fazer um ato de aceitação de nossa própria morte, ignoramos o tempo, as circunstâncias e o como.
No entanto aceitamos a esta Morte em remissão de nossos pecados e contribuindo nós também, assemelhando-nos mais a Cristo com a Redenção de toda a Humanidade.
Faça já esta sua aceitação da morte, sem que este ato perturbe o seu sono ou o deixe intranqüilo. (*)
c/f Padre Fernando C.Cardoso
c/f Padre Fernando C.Cardoso
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