1Rs17,1-6
Mt.5,1-12
Mt.5,1-12
A
primeira leitura, tirada do ciclo de Elias, fala-nos do Profeta que, junto da
torrente de Carit, vive uma vida solitária por ordem de Deus. Elias bebe água
da torrente, alimenta-se com o pão que os corvos lhe trazem diariamente e,
solitário, se põe na presença de Deus.
Uma
tradição religiosa carmelitana viu neste texto um emblema de sua própria Vocação.
Queriam os primeiros carmelitas imitar Elias, retirar-se solitariamente para a
montanha do Carmelo e, vivendo de maneira separada dos demais, fazer uma
experiência única com Deus.
Mais
tarde, receberiam a regra de um patriarca latino de Jerusalém chamado Alberto.
Eles deveriam, dia e noite, dedicar-se à leitura da Palavra de Deus e permitir
que, pouco a pouco, ela entrasse no seu Coração.
Eis a
descrição dos inícios de uma ordem religiosa na Palestina, eis a experiência
dos primeiros eremitas carmelitas - e uma experiência que todas as pessoas que
descobrem certa veia contemplativa podem repetir.
Não é
preciso viajar para longe, não é preciso buscar um ermo, uma solidão total.
Santa Catarina de Sena falava de uma cela interior contida no próprio Coração
para onde, quando desejava, se retirava. Ela viveu intensamente a história de
seu tempo e as vicissitudes da Igreja, mas não deixou de ser, no meio de tantas
atividades, uma Alma contemplativa. Como Elias no passado, ela também sabia
retirar-se para a gruta interior e beber da torrente, isto é, beber das
delícias da Palavra de Deus.
Já
experimentou você dedicar uma manhã ou tarde, sozinho, apenas a ouvir a voz de
Deus? Já dedicou você algum tempo específico a um retiro espiritual?
Pois eu
digo que, como experiência inesquecível, faz um bem extraordinário, porque num
dia como aquele a Graça de Deus se derrama numa abundância impressionante em
nossos corações.(*)
c / f Padre Fernando C.Cardoso
c / f Padre Fernando C.Cardoso
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