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O Tempo nos conduz a Deus

sábado, 19 de junho de 2010

DEUS NOS DEU TUDO GRATUITAMENTE.


Sábado
11ª SEMANA T .COMUM
Mt.6,24-34


“Não vos preocupeis com o que ireis comer, com o que ireis beber, com o que ireis vestir.  Olhai as aves do céu, contemplai os lírios do campo: não trabalham, não ceifam e, no entanto, vos digo que vosso Pai Celeste cuida de todos eles.  Não valeis vós muito mais do que as aves dos céus?   Buscai o Reino de Deus e a sua justiça e tudo mais vos será dado por acréscimo”.

Eis um texto que, aparentemente, nos espanta.  Espanta a sociedade moderna e a civilização do trabalho.  Espanta aqueles que estão acostumados a buscar na Escritura a Palavra que nos orienta a comer o pão com o suor do nosso próprio rosto. Afinal, não está Jesus aqui exagerando?  Não é este um convite à ociosidade?  Não seria um quadro idílico com moldura ecologista ou naturalista?  Podemos viver realmente assim?

Jesus não faz neste texto apologia da ociosidade ou da despreocupação.  Não pode este texto ser jogado contra outros da própria Sagrada Escritura.  São Paulo nos diz que quem não quiser trabalhar, também deixe de comer.

O que este texto afirma tem, no entanto, profundo valor religioso.  Não é preciso preocupar-se em demasia, não é preciso preocupar-se à obsessão. Existem pessoas que tentam gerenciar a própria vida com preocupações e obsessões despropositadas e isto é um verdadeiro paradoxo, porque na verdade esta nossa existência foi nos dada gratuitamente.

Que fiz eu para existir?  O que fez você para existir?  Que soma pagamos nós para continuarmos a viver neste mundo? Tudo nos foi dado gratuitamente: por trás das preocupações econômicas, do dinheiro, das transações, das construções está a gratuidade. 

Deus nos deu o maior valor, isto é, a própria existência, gratuitamente; ela foi, é e continua a ser um presente, um dom Seu, e se isso não bastasse, nos orienta em direção à eternidade. 

Portanto, as preocupações terrestres, justas, boas e até necessárias não devem ir além de um certo limite e não podem, de qualquer maneira, ser um álibi para que as pessoas se esqueçam do essencial - a busca do Reino de Deus e a Sua justiça - e se convençam de que a Vida futura está por vir e é muito mais importante do que esta, diante da qual nós despendemos tantas energias.(*)

c / f Padre Fernando C. Cardoso

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