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sábado, 26 de junho de 2010

OS VERDADEIROS PROFETAS MERECEM SER OUVIDOS.


SÁBADO
12ª SEMANA DO TEMPO COMUM
Lm.2,2.10-14.18-19

Hoje nos pede a liturgia que tomemos um texto retirado do Livro das Lamentações. Este livro, tradicionalmente, foi atribuído a Jeremias, mas, provavelmente, não dever ter sido escrito por ele. Algum judeu anônimo o redigiu pouco depois da catástrofe que sobreveio a Jerusalém no verão de 587 AC. No texto encontrei um versículo que me chamou a atenção de imediato: “Vossos Profetas tiveram visões vãs e não alertaram o Povo a respeito da tragédia real que se estava para abater sobre eles”.

Os Profetas eram homens de Deus, mas havia um número considerável –acredito que a maioria fosse de falsos profetas – de profetas de corte, que recebiam dela seu estipêndio, e que profetizavam segundo o interesse do monarca. “Tudo vai bem, não há que temer coisa alguma, nós somos o Povo de Deus, Ele se encontra do nosso lado e nenhum mal nos sucederá”.

Foi exatamente o contrário. Aqueles que deveriam ser sentinelas e orientadores do Povo de Deus não estiveram à altura da sua posição. Profetizaram conforme seus interesses pessoais mais do que por terem recebido uma Palavra ou oráculo de Deus.

Possuímos em todas as épocas homens de Deus, que nem sempre falam o que gostaríamos de ouvir. Homens de Deus avisados, argutos, sagazes, capazes de ler nas entrelinhas, ou de individuar nos horizontes alguma ameaça e que nos revelam a tempo o que devemos fazer para evitá-las.

Nem sempre - por desgraça – são ouvidos por uma Sociedade que procura sempre o dinheiro, o prazer fácil a todo preço e se fecha num egoísmo maior. Estes homens alertam a Sociedade, são eles que realizam a verdadeira História. Captam, por assim dizer, os desígnios de Deus e apresentam-nos.

Depende de nós aceitarmos ou não. Depende de nós corrigirmos a tempo nossa Sociedade, nossa Civilização, nossa Igreja, para esperarmos tempos melhores e não tempos mais calamitosos.

Estas pessoas merecem todo respeito e merecem ser ouvidas enquanto há tempo.(*)
c / f  Padre Fernando C. Cardoso

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