PODE O FRACO VENCER O FORTE?

Quarta Feira
2ª Semana Tempo Comum
1Sm.17,32-33.4051
A página que hoje lemos foi imortalizada na escultura e na arte de todos os tempos: Davi lutando contra o gigante Golias.

É a figura de uma Igreja que tenta lutar contra as potências infernais presentes neste mundo.

Davi que luta contra Golias é a imagem de tantas pessoas honestas da justiça e que, no entanto, tem apenas a palavra como arma sem nenhuma outra defesa.

Ele é a imagem de tantos justos neste mundo tentam transformar, já na história, o mal em bem.

Davi que luta contra o gigante pode representar cada um de nós em luta contra as suas próprias paixões, contra os seus vícios, defeitos e pecados, que assumiram dentro de si proporções gigantescas e quase invencíveis.

O texto não é Histórico. Na sua simplicidade e singeleza, quer ser Palavra de Deus. Pode o fraco vencer o mais forte? Pode a igreja vencer o mundo? Podem os justos vencer os injustos e destruírem a máquina infernal do mal que foi construída ao longo de séculos de história? Podemos lutar contra os nossos pecados que parecem mais fortes e mais potentes do que nós? Podemos lutar contra satanás?

                                                       

   Padre  Fernando C. Cardoso

O texto do Antigo Testamento que hoje lemos nos diz que a vitória não provém de nossas forças, mas é Deus quem a concede.

Se buscarmos as forças que não possuímos em Deus. Isto vale para a Igreja no seu todo, isto vale para cada região em particular. Isto vale para cada Igreja particular ou diocese; isto vale para cada paróquia e para cada alma. Se buscarmos em Deus as forças que não possuímos, elas certamente nos serão concedidas.

Paulo neste momento vem em auxílio nosso quando diz, relacionado com sua própria história: “Quando sou fraco é então que me sinto forte, pois o Senhor diz : É na fraqueza que a força divina se manifesta mais claramente.”

Desconfiemos de nós, de nossos dotes e talentos. Busquemos em Deus a força que não encontramos em nós mesmos e venceremos aqueles inimigos que julgávamos invencíveis, dentro ou fora de nós. (*)


c/f Padre Fernando C. Cardoso