DEUS AMA OS QUE TRABALHAM HONESTAMENTE

Sexta Feira
1ª Semana Tempo Comum
1Sm.8,4-7.10-22
O livro de Samuel hoje nos fala de uma opção (=escolha) realizada outrora pelo povo de Israel. Eles, de acordo com a literatura deuteronomista, viviam em tribos, mais ou menos independentes entre si. Se relacionavam estas tribos apenas em épocas de guerra, quando eram conduzidas por um chefe carismático chamado Juiz.

Mas com o passar do tempo desejaram avançar politicamente, pediram a Samuel um rei. Queriam um monarca como as outras nações circunvizinhas.

Samuel, no texto, não era pessoalmente favorável a esta mudança de regime. Na verdade era um homem Conservador. Estes israelitas eram mais Progressistas. Deus no entanto, diz a Samuel que contente o povo e lhes faça a vontade oferecendo-lhes uma figura real.

A História desde então sempre caminhou e caminha com a História a nossa Igreja também.

Aqueles que não avançam, recuam e Deus não abençoa normalmente os preguiçosos, os covardes, aqueles que abdicaram (=deixam ) de pensar, ou de buscar soluções novas para problemas novos que surgem.

Nós sabemos como a nossa Igreja se modificou depois do Concílio Vaticano II. Sem deixar de ser ela mesma, sempre igual a si, ela deu um passo gigantesco em direção à Modernidade, não para se mundanizar, mas para responder de maneira nova, aos apelos novos, aos desejos novos do homem moderno e contemporâneo do Século XX e XXI.

No entanto, existem pessoas, que por temperamento ou caráter, são extremamente Conservadores. Estas pessoas tem dificuldade em se ajustar aos tempos, quer na História profana, quer na história eclesiástica. Eu não digo que tudo deva ser aceito de maneira acrítica;(=sem análise) é claro que existem falsos progressos e falsos avanços, mas nada nos justifica o imobilismo, quer fora da Igreja, quer dentro da Igreja.

Procure você andar de acordo com a sua Igreja, leia os documentos atuais. Como seria interessante que cada um daqueles que meditam diariamente, lessem os documentos do Concílio Vaticano II para conhecer, amar e admirar mais ainda a sua Igreja, que recebeu naquele momento a maior Graça que Deus lhe poderia ter concedido no Século XX.

Caminhemos com a igreja, avancemos porque Deus ama aqueles que se põem em marcha.(*)
c/f Padre Fernando C. Cardoso