Sábado
1ª Semana Tempo Comum
1,Sm.9,1-14.17-19;10-,1
Satisfeita a vontade dos israelitas, Samuel vai em busca do primeiro rei, será Saú da tribo de Benjamim.
Saú no entanto, não terá um Palácio, não terá uma Vida real, não terá nem mesmo um Exército próprio. Saú na verdade, não levará avante a Monarquia em Israel; ele morrerá tragicamente sem deixar Sucessão estável no seu reino.
É muito possível que historicamente o reino de Saú, tenha sido devastado, pelos próprios filisteus.
Nós recebemos o texto hoje não com preocupações arqueológicas ou históricas simplesmente; nós queremos vislumbrar a palavra de Deus. Ontem, dizia eu, que avançar, buscar o novo, desbravar matas, faz parte da nossa Vida e Deus exige de nós todos, sem exceção alguma, capacidade; exige Deus de nós possibilidades de inventarmos sempre coisas novas para não nos esclerosar ou nos petrificar em nossas próprias existências.
Não, decididamente Deus não ama os preguiçosos, Deus não ama aqueles que não gostam de arriscar coisa alguma, Deus prefere os riscos a covardia a preguiça e ao simples apego quase irracional a tradição antiga ou passada.
No entanto isto dito, eu acrescento o seguinte: às vezes o que se buscou não serve, às vezes o novo não preenche todo o nosso desejo de progresso, muitas vezes é preciso experimentar diversas situações, com calma, com paciência e, sobretudo, rezando e entregando as rédeas da Vida nas mãos de Deus, para que no final de uma busca mais ou menos perseverante, temperada de Paciência, nós nos encontremos com o novo, mais um novo que efetivamente conte, um novo que efetivamente venha a satisfazer, a Comunidade, a Igreja e cada um de nós.
E assim nós caminhamos na nossa existência entre experiências e provas usando do conselho que dá Paulo: “Provai de tudo, retende o que for bom, mas afastai para longe aquilo que é mal”. (*)
c/f Padre Fernando C. Cardoso
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