14 de Setembro
Jo.3,13-17
Celebra hoje a Igreja a exaltação da Santa Cruz. Recordo-me que muito recentemente houve na Itália uma polêmica, quando um casal ateu entrou na justiça contra a presença de Crucifixos nas Escolas Publicas. Afirmavam que a imagem de alguém nu pregado numa Cruz, poderia assustar seu filho desnecessariamente.
Jo.3,13-17
Celebra hoje a Igreja a exaltação da Santa Cruz. Recordo-me que muito recentemente houve na Itália uma polêmica, quando um casal ateu entrou na justiça contra a presença de Crucifixos nas Escolas Publicas. Afirmavam que a imagem de alguém nu pregado numa Cruz, poderia assustar seu filho desnecessariamente.
Essa
polêmica foi levada ao Parlamento Europeu que teve bom senso em não eliminar
algo que faz parte da tradição de um País e da Europa toda inteira.
Realmente
o Sinal da Cruz era macabro na época
de Jesus. Imagine alguém numa guilhotina ou numa cadeira elétrica. Que situação
mórbida, que constrangimento. Pois bem, a Cruz era a guilhotina ou a cadeira
elétrica daquela época. Realmente espantava e os primeiros Cristãos preferiam
mostrar Jesus nas vestes de um Pastor, a mostrá-Lo Crucificado.
Porém,
tudo se modificou quando, em 335, Constantino construiu em Jerusalém a Basílica
da Anastasis, para honrar a Ressurreição de Jesus e o local do Santo Sepulcro.
Por essa ocasião teriam sido encontradas relíquias da Paixão, como a própria Cruz
na qual o Senhor foi Crucificado.
A partir
de então a Cruz mudou de significado: Jesus
continua a ser mostrado à humanidade bem elevado, mas não elevado como nós
gostaríamos no nosso orgulho ou na nossa vanglória. Jesus, o Senhor do Universo, prefere estar elevado no madeiro da Cruz,
braços abertos para acolher o pior dos pecadores e com o Coração aberto também,
para receber cada um no seu gesto de aproximação de Deus.
É desta
maneira que hoje, com a Igreja, veneramos e celebramos a Santa Cruz. Em
qualquer lugar do mundo teremos sempre a presença de um Crucifixo. Jesus estará
sempre de braços abertos. Ele não faz acepção de pessoas, recebe a todos, não
tem necessidade de secretários, não é preciso marcar audiência com muita
antecipação para ser por Ele ouvido.
Ele está
à disposição de todos na Cruz, sinal mais eminente da Sua caridade e do Seu
amor para com todos. No momento em que se ofereceu no Sacrifício terrível e ao
mesmo tempo amorosíssimo, abriu-nos de par em par as Portas da Eternidade.
É no
rosto de Cristo Crucificado, ensanguentado, que nos encontramos com o Pai
Celeste que nos acolhe no Céu.(*)
c/ f Padre Fernando C. Cardoso
c/ f Padre Fernando C. Cardoso
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