Quarta Feira
9ª Semana T. Comum
9ª Semana T. Comum
Mc.12,18-27
Os
opositores buscam outra insídia para envolver Jesus e poderem desacreditar sua Pessoa.
Desta vez se trata do Matrimônio. Havia uma lei complexa do Deuteronômio que
ordenava ao irmão de um falecido assumir sua mulher para gerar com ela
descendência ao defunto.
Os
fariseus e saduceus - sobretudo esses últimos que não criam em Ressurreição
- apresentam, então, um caso ridículo a Jesus: “Certa mulher tornou-se esposa sucessiva de sete irmãos; cada um destes
morreu sem deixar descendência; no final morreu também a mulher. Na ressurreição
- se é que ela existe - de qual dos sete será ela esposa, já que os sete a
possuíram neste mundo como a própria mulher?” Esta é uma ocasião para
Jesus dizer que a Vida Eterna não é simplesmente uma continuidade desta vida,
ela possui uma ruptura radical com esta existência.
Na Vida
Eterna teremos um Corpo incorruptível, não mais um corpo animal. Seremos
semelhantes aos anjos de Deus, não haverá mais necessidade de procriar,
sobretudo ninguém necessitará Casar-se, quer o homem, quer a mulher, porque na
Vida Eterna todos, misteriosamente, nos Casaremos diretamente com Deus.
É neste
sentido que devemos entender a afirmação de Jesus hoje contida no texto Evangélico: “eles serão como anjos de Deus”.
Nós nos Casaremos diretamente com Deus, sem intermediação humana alguma.
Esta é
nossa maior Esperança, porque os melhores Maridos e as melhores Esposas deste
mundo são sempre seres humanos. E os ídolos, quaisquer que eles
sejam, têm sempre pés de barro e, por melhor que seja uma esposa, não é difícil
para o marido encontrar-lhe algum limite ou defeito.
Por mais
sublime que seja o Marido, não é impossível a uma Esposa encontrar-lhe limite
ou barreira. E isto pelo simples motivo e razão de que neste mundo
ninguém se casa com Deus, neste mundo o Casamento será sempre algo de
provisório.(*)
c / f Padre Fernando C. Cardoso
c / f Padre Fernando C. Cardoso
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